A secretária da Economia do Estado de Goiás, Cristiane Schmidt, se reuniu na última semana com representantes da indústria goiana onde ouviu reivindicações e traçou superficialmente um quadro das contas públicas do Estado. Na reunião, a secretária revelou a possibilidade de Goiás ser inserido em um novo pacote de auxílio fiscal por parte do Governo Federal, que deve demandar mais ajustes e cortes no Estado para se enquadrar nos requisitos de reajuste econômico.
Além do presidente Sandro Mabel, do vice-presidente André Rocha e de diretores da Fieg, o encontro reuniu representantes de 35 sindicatos patronais de indústrias de diversos ramos no Estado. De acordo com Schmidt, a possível ajuda do Governo Federal é menos complexa do que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), prevendo, segundo ela, “ajuda de curto prazo aos Estados”. “A ideia desse pacote que o governo está se propondo a desenhar é para uma ajuda de curto prazo. Precisamos de um fôlego no fluxo de caixa”, explicou.
Ela acrescentou que o ajuste fiscal vai ser muito mais doloroso se a ajuda não vier. Entre as contrapartidas desse pacote, conforme adiantado pela secretária, está o delineamento de onde será feita economia nos próximos quatro anos e de quanto será, o que representa, na prática, cortes em algumas áreas do Governo Estadual. Segundo Schmidt, o Governo de Goiás já começamos a fazer “essa economia a partir de ajustes diversos, decretos de contingenciamento, cortes de 25% em contratos, ajustes no número de comissionados, entre outros”.
A secretária acrescentou também que vai realizar a reforma da previdência, o que irá “mudar a trajetória dos déficits”.
A secretária avaliou o encontro de forma positiva, e declarou, na ocasião, que “percebeu que os projetos [do Estado e dos representantes industriais] convergem em vários pontos, principalmente em medidas a serem tomadas para reduzir os gastos públicos”.
Cortes no Estado e verbas em atraso foram tema de outra reunião com a secretária da Economia
No dia 19/2 deste ano, a Federação Goiana de Municípios (FGM) se reuniu com Cristiane Schmidt, membros do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para tentar chegar a uma solução quanto ao problema dos repasses atrasados em relação as contrapartidas da Saúde e Transporte Escolar aos Municípios Goianos. A reunião também pautou um possível acordo do Estado com os Municípios em relação e ações judiciais do Programa Fomentar e Produzir.
Conforme dito pela FGM na ocasião, atualmente existem 13 parcelas em atrasos referentes a programas de saúde e quatro parcelas do transporte escolar que juntos superam a casa 180.000.000 milhões de reais.
Na reunião, estiveram no encontro o presidente da FGM, Haroldo Naves; a secretária de Economia do Estado, Cristiane Schimidt; o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto; o subprocurador-geral do Estado, Frederico Costa Tormin, além de técnicos de todas as pastas envolvidas na audiência.