O sorteio do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (1/3) definiu o ministro Ricardo Lewandoski como relator do pedido de liberdade apresentado pela defesa do médium João Teixeira, de 77 anos, também conhecido como João de Deus, após ser preso por suspeita de abusos sexuais durante os tratamentos feitos na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).
O médium que é réu pelos crimes de abusos sexuais, esta preso desde o dia 16 de dezembro do ano passado. Conforme publicação de um Jornal local, Lewandoski é o terceiro ministro do STF sorteado para julgar o pedido de habeas corpus de João de Deus. Pois os ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes que também poderiam receber o processo, afirmaram serem suspeitos de julgar, por motivos íntimos.
Defesa alega que casos atribuídos a João de Deus não justificam prisão preventiva do médium
A defesa de João de Deus por sua vez afirmou que os casos mencionados ao médium tem mais de dois anos, por isto não há nada que justifique sua prisão preventiva. Além disso os advogados do médium levantaram que João de Deus tem 77 anos, por essa razão pedem ao STF que transforme a prisão preventiva em domiciliar e que o preso seja monitorado por tornozeleira eletrônica.
Vale lembrar que em Janeiro deste ano, a defesa do médium desistiu do pedido de habeas corpus no STF, para guardar uma última carta na manga. No dia 15 de fevereiro deste ano, um novo pedido foi feito e enviado ao ministro Gilmar Mendez que foi sorteado relator, mas na quinta-feira (21/2) o ministro se declarou suspeito de analisar o pedido por questões pessoais.
Uma semana depois de Gilmar Mendes foi a vez do ministro Luiz Fux, pedir a presidência do tribunal para definir um novo relator para o pedido da defesa do médium, alegando motivos íntimos para não analisar o caso.