Três pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (27/2) suspeitas de integrar um grupo especializado no roubo de cargas, em Goiás, Tocantins e no Distrito Federal. De acordo com investigação, o grupo, que já agia há dois anos, pode ter causado prejuízo de R$ 100 milhões no comércio de bebidas e eletroeletrônicos. Um quarto suspeito continua foragido.
Um dos presos, localizado em Anápolis, cumpria pena no regime semiaberto e usava tornozeleira eletrônica. As investigações apontam ainda que os crimes eram comandados de dentro do presídio. A operação de combate ao roubo de cargas é conduzida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar).
A quadrilha, segundo apontou levantamento da polícia, agia entre as BRs-153, 080 e 060 em Goiás, Tocantins e no DF. O foco do grupo eram cargas de bebidas e produtos eletrônicos. Até o momento, estima-se que os criminosos sejam responsáveis por pelo menos 50 roubos; o prejuízo calculado chega a R$ 100 milhões.
Polícias recuperam 55 toneladas de cargas roubadas em Goiânia
No último dia 19, em ação conjunta, a DECAR e batalhão de Choque da Polícia Militar de Goiás (PMGO) recuperaram 55 toneladas de mercadorias roubadas na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com informações da Polícia Civil, os produtos apreendidos foram roubados nos últimos 10 dias.
As cargas, de bebidas, produtos de limpeza e enxovais, foram localizadas em um galpão na capital. Ao todo, elas estão avaliadas em aproximadamente R$ 120 mil. Em entrevista, a delegada Rafaela Azzi, responsável pelo caso, disse que se trata de uma organização criminosa especializada em roubo de cargas nas rodovias estaduais e federais do estado.
Quatro integrantes da quadrilha foram presos em flagrante, por receptação e participação em organização criminosa. Outros envolvidos no mesmo esquema já foram identificados e estão sendo procurados por equipes da DECAR. O grupo é investigado há seis meses pela PC, entre eles o ‘cabeça’ da organização.
Ainda não se sabe se os presos na operação desta quarta-feira (27/2) têm ligação com esses casos.