O analista de sistemas brasileiro Paulo Pavesi, asilado na Inglaterra, colocou sob graves suspeitas as ações movidas pela Organização Não Governamental (ONG) “Vítimas Unidas” e seus interesses sobre o patrimônio do médium João de Deus, bloqueados pela Justiça. Somente em uma das ações movidas pelo MP goiano são R$ 50 milhões bloqueados a título de garantir indenizações para vítimas que denunciaram supostos casos de abusos sexuais.
Pavesi, que foi embora do Brasil depois de denunciar uma máfia de tráfico de órgãos humanos para transplantes, vive hoje recluso em Londres e de lá acompanha situações no Brasil e virou rato de internet descobrindo mentiras virtuais espalhadas pelo mundo. Segundo ele as ações da OnG “Vítimas Unidas” têm por escopo apenas esse patrimônio bloqueado de João de Deus.
Veja o vídeo caso de Polícia do Analista:
Vídeo: Reprodução da internet.
Ele gravou um vídeo que circula no canal Youtube intitulado “Caso de Polícia” em que escancara uma teia de mentiras tramada pela OnG e que em nada teria de ligação com o caso do médium goiano. A começar da suposta – e muito suspeita – morte da principal ativista da “Vítimas Unidas”, Sabrina Bittencourt. Já se sabe que Sabrina era na verdade uma cidadã com outros dois possíveis nomes: Sabrina Petit e Sabrina de Campos e que desapareceu do mundo real no dia 2 desse mês. Inicialmente a notícia é de que ela teria cometido suicídio em Barcelona, na Espanha, onde viveria de acordo com familiares.
Sabrina Bittencourt aparece fazendo apelo veja o vídeo:
Vídeo: Reprodução da internet.
Mas, em seguida o filho de Sabrina, Gabriel Baum, disse que a mãe teria morrido no Líbano, onde Sabrina vivia com a namorada. Mas, o jovem cuidou de emendar que nenhuma autoridade atestaria a morte da mãe porque ele não daria “o prazer de verem seu corpo” morto. Pronto, estava armada a dúvida atroz sobre o suposto fim de uma duvidosa existência e biografia. Assim, o mundo soube de uma morte sem corpo. Jornais internacionais chegaram a noticiar a suposta morte, mas diante das suspeitas de que se tratava de uma fakenews não deram mais qualquer atenção para o caso.
Ong entrou na história de João de Deus ao saber que patrimônio do médium poderia ser bloqueado
A OnG “Vítimas Unidas” entrou de carona na história de João de Deus quando soube que seu patrimônio poderia ser bloqueado para indenizar vítimas. Em São Paulo foram quase 600 catalogadas pelo Ministério Público, mas até agora renderam apenas 19 materializações em ações penais. Sabrina Bittencourt se bateu nos últimos 45 dias a desancar o cacete em João de Deus e arrumou para ele até mesmo a acusação de que o médium manteria no norte de Minas Gerais uma fazenda com “mulheres negras” que procriariam e os filhos serviriam para tráfico internacional de órgãos. O Ministério Público e a polícia de Minas Gerais seriam de uma incompetência colossal por jamais terem descoberto uma monstruosidade dessas, não ter enviado investigação alguma, qualquer operação para estourar essa “indústria de órgãos” e somente uma mulher que vivia no mundo afora teria descoberto isso.
As dúvidas levantadas por Pavesi continuam com relação a Sabrina e o quanto ela acumulou de conhecimentos sobre Organizações Não Governamentais e as formas de obtenção de recursos para ela. Sabrina criou nos últimos anos nada menos que 38 organizações assim e nenhuma definhou por falta de dinheiro. Essa proficuidade dela pra criar organizações “sem fins lucrativos” foi, inclusive, objeto de reportagem no programa Pequenas Empresas Grandes Negócios.
Junto com Sabrina, na condução da “Vítimas Unidas” figura outra brasileira que vive em Portugal. Vana Lopes escreveu um livro contando que teria sido vítima de estupro do médico Roger Abdelmassih. Após o médico ter conseguido liberdade com uma decisão do Supremo Tribunal Federal, com liminar do ministro Gilmar Mendes, ela disse que era perseguida pelo médico e se exilou em Portugal, para de lá comandar a OnG. Pavesi é categórico em afirmar no vídeo que Vana “nem abusada foi”, pacificando o viés de que Vanúsia, nome verdadeiro de Vana, jamais teria sido estuprada por Roger Abibelmassih e que ela se vale disso para sustentar sua versão.
Afinação
O discurso feito por movimentos sociais como OnGs de que estão sempre do lado da legalidade e quem destoa de sua linha de pensamento é do mal foi pregado sempre pelas militantes da “Vítimas Unidas”. A professora Maria do Carmo Santos, outra militante dessa OnG, grava vídeos dizendo ser ameaçada por Pavesi e outros que questionam seus métodos e que se vier a morrer, como Sabrina, os responsáveis serão Paulo Pavesi e outros amigos seus, todos adversários viscerais das militantes feministas e defensoras das abusadas. “Essas bandidas se juntaram pra defender um estuprador, um pedófilo desgraçado, como João de Deus”.
A pregação de Vana e Maria do Carmo, porém, não fala nada sobre as inúmeras dúvidas que pairam sobre a suposta morte de Sabrina Bittencourt. Nem mesmo familiares da ativista supostamente morta por suicídio onde viveria com a namorada falam sobre o tema. Ao contrário, suprimiram seus perfis de redes sociais e ninguém deixou o país para ir velar o corpo ou sepultá-lo no Líbano. A embaixada brasileira no Líbano nem o consulado confirmam qualquer indício de morte de uma brasileira no país mediterrâneo.
O jornal Folha de São Paulo foi a Indaiatuba, onde vivem familiares de Sabrina, e o silêncio é total, com evasivas, mentiras, negações de toda sorte e pressão para que o assunto seja esquecido.
Mas, a tentativa de fazer com que os milhões de João de Deus sejam transferidos para as “Vítimas Unidas” corre solta, inclusive com a sondagem a escritórios de advocacia de Goiânia para que assumam as investidas por essa liberação.
Investigação
O advogado Ronivan Peixoto Júnior, que atua na defesa de João de Deus disse que vai requerer à Justiça uma rigorosa investigação sobre os reais interesses da OnG “Vítimas Unidas” e suas principais ativistas. “Precisamos saber se elas pretendem colaborar de fato com a Justiça na elucidação das acusações, se o que pretendem a o primado da Justiça ou se visam unicamente algum proveito financeiro com os recursos que estão bloqueados. Porque não podemos pactuar com quem se vale da desgraça alheia para auferir algum lucro”, frisou.