Impossível não desviar os olhos de qualquer coisa para a TV quando a notícia é: mãe mata bebê a marretadas e ateia fogo em seu corpo, em Goiânia, Goiás.
Ou quando Oloares Ferreira, o Jordevá Rosa ou a Lilian Lynch noticiam que um bebê morreu ao cair do berço.
Ou quando passa pela timeline no Facebook notícia do Dia Online que informa que o corpo de um bebê foi encontrado boiando em um córrego dias após desaparecer com a mãe.
Cada história tem um CEP, cenário e nomes diferentes em Goiás. O fim, no entanto, é o mesmo: o caixão branco. O terrível caixão branco.
Esse aspecto da notícia é pouco falado porque causa mais dor. Mas falar da dor é tentar refletir para que estas tragédias possam ser evitadas de alguma forma.
O Portal Dia Online lembra os três casos que ocorreram no intervalo de 7 dias e chama atenção: De alguma forma, os direitos desses bebês foram desconsiderados.
Cada agressão, abandono, foi como se as folhas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante proteção, fosse rasgada e manchada pelo sangue inocente.
Mortes de bebês em Goiás
Mãe mata a marretadas
E, no caso mais recente, a morte envolve sangue e fogo. O caso ocorreu na manhã de quinta-feira (21/2), no Setor Parque Santa Rita, em Goiânia.
Alessandra Fiuza Neves teria matado a filha, uma bebezinha de 1 ano e 8 meses com golpes de marreta. A mulher ainda colocou a criança em uma piscina de plástico e ateado fogo.
Encontrado morto após sair com mãe
Como não se assustar e tatuar dentro da gente a interrogação que causa o mistério da história de Jhonathan Henrique Silva de Oliveira, de apenas 1 ano e 10 meses?
Ele foi encontrado boiando no último dia 18, calçado com uma sandalinha do homem-aranha e vestido com uma camiseta branca, com desenhos de ondas e mar, e uma bermudinha azul, em um córrego de Maurilândia, no Sudeste de Goiás.
O bebê foi visto com a mãe, Joana Darc da Silva, de 37, pela última vez 4 dias antes quando foram ao supermercado comprar chupeta.
Joana ainda não foi encontrada embora policiais e bombeiros fazem buscam desde o desaparecimento.
Queda de berço
O bebê de apenas oito meses, que não teve o nome divulgado, morreu na manhã do dia 21 de fevereiro após cair do berço e ficar preso entre o móvel e a parede da casa, no Setor São Carlos, em Goiânia.
Quem nunca viu bebês de sete, oito, nove meses escalando, tentando escapar do berço? A mãe amamentou a criança e, enquanto ajeitava a casa, ouviu um barulho. Quando entrou no quarto, encontrou um bebê inconsciente, entre o berço e a parede.
Mãe embriagada
Era madrugada do dia 7 de fevereiro quando outro bebê, de dois meses, morreu asfixiado, em Piranhas, a 310 quilômetros de Goiânia.
Conforme a Polícia, a mãe, embriagada, chegou em casa e se deitou com o filho na mesma cama. Horas depois, a mãe acordou em cima do bebê “gelado”. O exame cadavérico constatou que o bebê morreu asfixiado.
São bebês inocentes no sentido mais puro da palavra. Inocentes. Sorriam, engatinhavam, mastigavam com bocas de poucos dentes, davam os primeiros passos. E, agora, são números. São dados de estatísticas frias.
Mas o sorriso, como o da foto a seguir, que ficam martelando dentro de cada um de nós. Sorriso que nos faz suspirar…