A diarista Maria (nome fictício) mal conseguiu trabalhar nesta quinta-feira (21/2). A mulher ainda está em estado de choque depois que recebeu a notícia de que sua amiga, Alessandra Fiuza Neves, de 33 anos, matou a marretadas a própria filha de 1 ano e 8 meses, hoje no setor Parque Santa Rita, em Goiânia. Maria conta que ainda está absorvendo o fato, uma vez que sempre viu a amiga como uma mulher “extrovertida e amorosa com os filhos”.
Em entrevista exclusiva ao Dia Online, Maria conta que Alessandra e ela são amigas próximas. “Sempre ia na casa dela, a gente cozinhava juntas, malhava juntas na mesma academia. Eu jamais esperava por isso”. A diarista conta que Alessandra é formada em Educação Física, e já chegou a substituir o professor na academia que frequentam. Entretanto, sua principal fonte de renda seria a revenda de produtos como roupas e sapatos.
Segundo Maria, a extrema vaidade de Alessandra foi algo que sempre chamou a atenção da amiga. “Ela é muito vaidosa, muito. Se cuida demais, do corpo, tudo. Mas depois que ela teve a filha, mudou muito”, revela. Maria conta que Alessandra vinha tomando já há algum tempo medicamentos para emagrecer, uma vez que a mulher havia ganhado muito peso desde que teve a filha.
Alessandra teve dois filhos: um menino de 8 anos e a menina, de 1 ano e 8 meses, que foi morta pela própria mãe. Entretanto, uma coisa chama a atenção: segundo Maria, Alessandra escondeu a segunda gravidez de todos até onde pôde. Maria conta que, mesmo convivendo diariamente com Alessandra, só foi saber que a amiga estava grávida no sétimo mês de gestação. “Ela escondeu até onde deu, mas todo mundo comentava, desconfiava que ela estava grávida mas ela não falava nada”, lembra.
Segundo Maria, Alessandra teve um relacionamento conturbado com o pai da filha. Ela conta que Alessandra se separou do homem quando ainda estava grávida. Reatou um tempo depois, ainda durante a gravidez, rompendo definitivamente depois. O motivo da primeira separação teria sido, segundo a amiga de Alessandra, traição por parte dele.
Alessandra não aparentava ter problemas mentais, conta a amiga
Uma das principais hipóteses com a qual a polícia trabalha no caso do assassinato da criança pela própria mãe, é a de que Alessandra sofre de problemas psicológicos. Entretanto, essa possibilidade parece ser ligeiramente refutada pela amiga.
Maria conta ao Dia Online que nunca percebeu nada de anormal na amiga, nem qualquer distúrbio ou transtorno mental. Perguntada se a amiga tomava algum medicamento controlado, Maria responde: “Que eu saiba, a única coisa que ela tomava era remédio para emagrecer”.
A última vez que Maria viu a amiga antes do terrível acontecido, segundo ela, foi no supermercado há cerca de 20 dias. A mulher reafirmou que não percebeu nada de suspeito nela ou nas crianças. “Ela é muito extrovertida. Mesmo assim, se estivesse fingindo, a gente perceberia pelas crianças, criança não mente. Mas eles sempre estavam bem, ela era muito amorosa com eles. Parecia muito amorosa com os filhos. Nunca notei nenhum sinal de maus-tratos, nada. Nunca.”, finaliza.
Crime ocorrido em Goiânia, no Parque Santa Rita, chocou pelos requintes de crueldade
A profissional de Educação Física e vendedora Alessandra Fiuza Neves matou a própria filha, de 1 ano e 8 meses, com golpes de marreta. Não bastando, a mulher colocou fogo no corpo da criança após matá-la. Crime foi registrado na manhã desta quinta-feira (21/2).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada para atender a uma ocorrência de incêndio no local informado, na Rua SR1 do Parque Santa Rita. Entretanto, no meio do caminho, foram informados que o incêndio já havia sido controlado, e que havia uma vítima. Só depois foi constatado que o incêndio na verdade tratou-se de uma tentativa da mulher de colocar fogo em um monte de entulho no quintal de casa.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), a mulher utilizou uma marreta e quebrou crânio, pernas e braços da menina. Depois, ela jogou a criança no monte de entulho no quintal da residência e ateou fogo.
Alessandra, que estava em estado de choque quando foi detida, foi levada ao Cais do Bairro Goiá. Após atendimento, ela foi encaminhada para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.