Após a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho informarem que não chegaram a um acordo com o Flamengo sobre o valor das indenizações a serem pagas às dez vítimas fatais do incêndio no Ninho do Urubu, o clube se pronunciou sobre o fim das negociações, rebatendo esses órgãos.
O Flamengo afirmou ter oferecido um valor de indenização acima dos padrões a vítimas em situações semelhantes e citou o incêndio na boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, para tentar referendar a sua argumentação.
Por meio de nota oficial, o Flamengo informa que “teve o cuidado de oferecer valores maiores dos que estão sendo estipulados em casos similares, como, por exemplo, o incêndio da boate Kiss, ocorrido em 2013”. O clube ressalta que “até hoje, vale lembrar, famílias não receberam a indenização”.
Outro trecho do documento diz que “a atuação do Flamengo, no Brasil, é praticamente inédita, até onde se tem notícia”. Por fim, o clube afirmou que instaurar um procedimento de mediação. “Diante disso, o Flamengo reitera o propósito de se antecipar e informa que vai instaurar procedimento de mediação no Núcleo de Mediação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, coordenado pelo Desembargador Cesar Cury, e para o qual convidará as famílias – e deixando claro que as autoridades também serão convidadas”, finaliza a nota.
Um incêndio deixou dez mortos, no CT do Flamengo, em Vargem Grande, zona oeste do Rio, em 8 de fevereiro. As vítimas foram atletas das categorias de base do clube, que dormiam no local. O incêndio também deixou três feridos, sendo que um segue internado em um hospital. Diante do impasse, as famílias das vítimas vão receber orientações dos órgãos públicos para buscar reparação pelas perdas do incêndio no Ninho do Urubu.