O prefeito de Castelândia, a 260 quilômetros de Goiânia, Marco Antônio Carlos (PSD) foi preso temporariamente durante a Operação Nova Geração do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) nesta segunda-feira (18/2), que investiga o pagamento de propina a empresários no município.
Além do prefeito da cidade, o vereador e ex-presidente da Câmara, Izaac Lopes de Oliveira(PPS), o secretário de Transportes da cidade, Gustavo Campos dos Santos, o servidor público Pedro Antônio de Oliveira e os empresários Iris Domingos da Costa e Gilberto Almeida Leles também foram presos na operação.
Conforme o MPGO, durante a ação que terminou com a prisão dos suspeitos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na prefeitura e na Câmara Municipal, além de nos endereços dos empresários presos.
Esquema envolvia o pagamento de propina a empresários
O pedido de prisão dos suspeitos foi feito pela promotoria de Maurilândia, que afirmou que a operação é em decorrência da Operação 5ª Geração, deflagrada no fim do ano passado em Cachoeira Dourada. De acordo com o MP, durante as investigações foi descoberto um esquema para desvio do dinheiro público, com o pagamento de propina aos empresários no município.
Durante as investigações, a promotoria de Maurilândia constatou que tanto o prefeito como o vereador, desde que assumiram os seus mandatos em 2017, contrataram a empresa Conduta Assessoria e a Goiás Técnica Contábil. Além disto, conforme as informações do MP, os valores pagos pelo municípios eram devolvidos para os agentes públicos.
Ao analisar os dados bancários da cidade, as investigações apontaram que o prefeito de Castelândia e o secretário de Transportes da cidade foram beneficiados com transações entres os anos de 2016 e 2018 pela empresa Conduta Assessora de Iris da Costa. Durante os levantamentos, o MP afirmou que a empresa Drogaria Saúde, que tem como sócio Gustavo dos Santos foi beneficiada com recursos da prefeitura de forma ilícita.
O promotor Sávio Fraga que conduziu a operação, afirmou que os valores encontrados durante as investigações são consideráveis, para uma cidade com pouco mais de 3 mil habitantes. Diante do que foi encontrado durante os levantamentos, a desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, determinou a prisão preventiva dos suspeitos, para que as investigações não sejam prejudicadas.