De acordo com mapa da pobreza, mais de 25 mil domicílios goianos não possuem água encanada; mais de 9 mil não tem atendimento adequado de esgoto sanitário e em mais de 14 mil residências há pelo menos um morador analfabeto. O levantamento foi encomendado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), ao Instituto Mauro Borges.
O estudo foi feito a partir de dados do cadastro único do governo federal para beneficiários de programas sociais como o Bolsa-Família. O resultado da pesquisa, divulgado pelo site BR18, será usado para uma série de iniciativas do governo estadual, voltadas para as políticas sociais, para enfrentar os problemas apontados.
Mapa da pobreza de Goiás
A radiografia do mapa da pobreza de Goiás foi realizada pelo Instituto Mauro Borges, entidade estadual de pesquisas que atua de forma semelhante ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Foram analisados os 775.448 domicílios goianos cadastrados em programas sociais de Goiás.
Com o levantamento, foi possível identificar que, até o momento, desse total, 25.854 domicílios não têm água encanada, 9.557 não têm atendimento adequado de esgoto sanitário e em 114.193 domicílios têm ao menos um morador analfabeto.
As pesquisas mostram a localização geográfica de cada município, o que possibilita o desenvolvimento de ações específicas e localizadas. Ainda segundo o site, mesmo com a crise financeira no Estado, as ações não serão prejudicadas, uma vez que serão usados recursos já existentes no Orçamento ou em programas sociais estaduais e federais, mas de forma mais eficiente.
Calamidade financeira em Goiás
Os governantes de sete estados, no início de seus mandatos, decretaram “calamidade financeira”, entre eles Goiás. Ronaldo Caiado (DEM), governador do estado, decretou situação de emergência por pelo menos seis meses. A medida foi encaminhada à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), onde precisa passar pela aprovação dos deputados.
Durante o estado de calamidade financeira, o governo goiano vai poder renegociar contratos com fornecedores e suspender serviços não essenciais. Segundo o decreto, o prazo de seis meses pode ser prorrogado em caso de necessidade. Assim que, e se, o decreto for aprovado, a Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de Goiás passa a ter mais liberdade para remanejar recursos e adotar as medidas que considerar necessárias para reequilibrar as contas estaduais.