Uma ação realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Anápolis, região metropolitana de Goiânia, reprovou mais de 50% dos veículos de transporte escolar que foram abordados pelos policiais. A ação policial ocorreu na noite da última sexta-feira (7/2), em pontos estratégicos de bloqueio no município, e constatou irregularidades em 17 dos 28 veículos parados.
Segundo informações da PRF, a ação ocorreu em três pontos de bloqueios montados nas BRs 060, 153 e 414 para checar as condições dos veículos de transporte escolar de cerca de 20 cidades que transportam alunos que estudam em Anápolis.
Nas primeiras duas horas da Operação Viagem Segura, dos 28 veículos abordados, vans e ônibus, 17 foram reprovados e foram anotadas mais de 80 infrações. De acordo com o Inspetor Newton Morais, da PRF, esses 17 veículos reprovados estavam sem absolutamente nenhuma condição de circular. “Alguns estavam até com o farol quebrado. Agora imagine um veículo assim circulando à noite”, revelou.
Além disso, foram detectadas irregularidades como pneus lisos, para-brisa trincado, extintor vencido, sistema de iluminação inoperante e falta do cinto de segurança, infrações que variam de leves até gravíssimas.
Irregularidades como falta de inspeção veicular semestral e motoristas sem o curso específico para o transporte de escolares foram as infrações mais anotadas.
Os veículos que foram parados nos pontos de bloqueios, transportaram os alunos até seus destinos, colégios ou faculdades. Em seguida, foram conduzidos até à Unidade Operacional da PRF local onde foram inspecionados.
Irregularidades constatadas nos veículos de transporte escolar em Anápolis podem causar acidentes
Conforme o Inspetor Newton, o objetivo da operação da PRF, que deve passar por vários municípios de Goiás, é fiscalizar para combater irregularidades causadores de acidentes. A falta do cinto de segurança é uma das maiores vilãs.
Passageiros do ônibus clandestino que caiu no viaduto da BR-153 na madrugada do dia 27/1, próximo ao Ginásio Goiânia Arena, dizem que o veículo não possuía cinto de segurança. Em entrevistas a jornais locais, eles relataram ainda que a passagem custou cerca de R$ 250, metade do preço de empresas de viagens que atuam de forma legalizada. Das 49 pessoas que estavam no ônibus, ao menos 41 ficaram feridas e duas morreram no local.