Vídeos mostram o momento em que por volta das 18h30, Rafael Arcanjo da Silva, de 28 anos, no sábado (2/2) foi morto com disparos de arma de fogo pelo sargento da reserva da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), Expedito Mesquita Bezerra, no setor Progresso, em Goiânia.
O policial, conduzindo seu Ford EcoSport próximo à Praça do Ponto Final do setor Progresso, foi abordado por Rafael, que tinha acabado de matar a tiros Pedro Henrique Castro Qualhato, de 21 anos.
Em outro vídeo, Rafael chega em uma rua próxima por volta das 17h16. Conforme testemunhas, ele chegou próximo se aproximou de Pedro Henrique e os dois começaram a discutir. Rafael sacou a arma e atirou. Quando tentava atravessar a rua para fugir no carro, se deparou com o sargento.
Veja vídeo do momento em que policial mata assassino, em Goiânia
Durante alguns segundos, o sargento observa a arma de Rafael e atira. O policial alega legítima defesa. Após os tiros, o sargento ainda dá chutes no homem caído.
Nas redondezas, uma equipe do Tático do 13° BPM que patrulhava pelo local ouviu que, conforme o Registro de Atendimento Integrado (RAI) feito pelos policiais, souberam da possível participação de outros três homens.
Após as duas mortes, policiais matam adolescente de 16 anos e amigo, em Goiânia
A três quadras dali, os policiais entraram em uma casa na rua J, do mesmo setor Progresso. Lá dentro, Kayque Danúbio Correia Mendanha, de 16 anos, se preparava para sair de casa para trabalhar na mesma praça em que ocorreu as duas mortes. Ele ajudava o pai em um Pit Dog a poucos metros de onde Rafael matou Pedro Henrique.
Na mesma casa, estavam outras cinco pessoas, entre elas o avô do menino Kayque. Um amigo da família, Guilherme Junio Ferreira Evangelista, de 27 anos, também foi morto.
Na versão dos policiais, as duas vítimas reagiram à abordagem dentro da residência. Amigos e vizinhos, contudo, contestam. Acusam os policiais de chegarem e atirarem na barriga dos dois. Ainda segundo os policiais, no local foram apreendidos 2 revólveres calibre 38, por isso teriam agido em legítima defesa.
A Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DEIH) informou que não vai comentar o caso, que está nas mãos da delegada Myrian Vidal.