O secretário de Governo da gestão Caiado, Ernesto Roller, anunciou na manhã desta segunda-feira (4/2) que o programa de investimentos regionais Goiás na Frente, em vigor desde março de 2018, deve acabar. Roller informou que a secretaria de Economia foi consultada para traçar um quadro geral do Goiás na Frente, e a conclusão obtida foi a de que “não há recursos para manter o programa”.
O anúncio foi feito na manhã de hoje em coletiva de imprensa no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica, em Goiânia.
Roller chegou a afirmar que o programa “começou errado, e portanto não deve ter continuidade”. O secretário ainda informou que os convênios para os quais não houve nenhum repasse vão ser automaticamente cancelados. Goiânia entra na questão, uma vez que a capital tem o maior convênio do programa: R$ 35 milhões de reais para construção do corredor Leste Oeste, obra voltada para a revitalização da Praça do Trabalhador e extensão da Avenida Leste oeste até o município de Senador Canedo.
O programa Goiás na Frente
Considerado o maior programa de investimentos regionais em curso no Brasil, segundo o site da Secretaria de Governo (Segov), o Goiás na Frente contempla diversas áreas da administração estadual. Lançado em março de 2018, o programa tinha a intenção inicial de injetar mais de R$ 9 bilhões na saúde, educação, segurança pública, ciência e tecnologia, saneamento, habitação, meio ambiente e infraestrutura em Goiás.
Ainda de acordo com a Segov, os recursos do Goiás na Frente viriam do ajuste fiscal implementado pelo governo estadual nas gestões anteriores, que envolveram a privatização da Celg Distribuição; receitas do Orçamento Geral do Estado; convênios com a União e aportes da iniciativa privada. O objetivo do programa era fortalecer os municípios goianos e proporcionar desenvolvimento em todas as regiões de Goiás.
Entretanto, de acordo com dados divulgados pelo O Popular, apenas quatro dos 222 municípios goianos com convênios firmados receberam parcelas integrais relacionadas a todos os contratos.