Os seis bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), juntamente com os seis cães de resgate que trabalharam nas buscas das vítimas no desastre em Brumadinho, em Minas Gerais, já estão de volta ao estado e serão homenageados pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado. A solenidade para os bombeiros de Goiás será realizada nesta terça-feira (5/2), às 8h, no pátio do 1º Batalhão Bombeiro Militar, em Goiânia.
Além da homenagem, o evento marca também a entrega de cinco novas Unidades de Resgate (URs), além de viaturas e equipamentos para a Corporação. A entrega dos veículos tem como objetivo reforçar o atendimento de resgate pré-hospitalar do CBMGO.
Por determinação do governador Caiado, bombeiros foram enviados na manhã de sábado (26/1) a equipe goiana em apoio às operações de resgate em Brumadinho. Trabalharam no local mais de 250 bombeiros e 22 cães farejadores. Dados divulgados pela Defesa Civil de Minas Gerais confirmam que a tragédia deixou 121 mortes confirmadas e 205 desaparecidos. A barragem de rejeitos se rompeu no dia 25 de janeiro e a lama destruiu o refeitório e o prédio da mineradora, além de pousadas, casas e vegetação.
Os seis bombeiros militares de Goiás que formaram a equipe são especialistas no atendimento de ocorrências com vítimas desorientadas ou desaparecidas em matas, escombros, deslizamentos ou na água. Os cães de salvamento são capazes de fazer buscas de pessoas vivas ou mortas em áreas rurais, áreas deslizadas e estruturas colapsadas.
Usando o faro, os cães podem fazer varreduras em áreas rurais de 30 mil m² em cerca de 20 minutos, o que consumiria aproximadamente 30 bombeiros executando uma busca em linha. Após a cerimônia de recepção, haverá uma coletiva de imprensa com os militares que vão contar como foi o trabalho nesses dias em Brumadinho.
A tragédia de Brumadinho, onde bombeiros de Goiás ajudaram nas buscas, provocou mais danos que a de Mariana
A tragédia provocada pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho ainda mobiliza uma intensa operação de buscas pelos desaparecidos. O balanço oficial mais recente aponta que foram encontrados 134 corpos, mas 199 pessoas continuam desaparecidas. A barragem 1 de rejeitos de minério de ferro da Mina do Feijão rompeu no início do dia 25 de janeiro, uma sexta-feira, deixando um rastro de destruição no município.
Além das mortes causadas, o tsunami de lama soterrou casas, pousadas e sítios, atingiu o rio Paraopeba (um dos afluentes do rio São Francisco), e provocou danos ambientais tão graves quanto os gerados pelo desastre de Mariana (2015).