Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (1/2), em Águas Claras, Entorno do Distrito Federal, passando-se por delegado da Polícia Federal. André Luiz Alves da Fonseca, de 46 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que investiga o caso.
De acordo com a apuração, André Luiz postavas nas redes sociais fotos com coma armas, fardas, utensílios policiais e com carros plotados com símbolos da Polícia Federal. Na casa dele, em Águas Claras, foram apreendidas fardas militares e duas armas de pressão.
As investigações apontaram também que o homem chegou mandar fazer buscas na casa de um ex-detento. Informações preliminares apontam que o falso delegado da Polícia Federal extorquia dinheiro desse ex-detento, dizendo que ele estava sendo investigado por tráfico e que com o pagamento poderia “acabar com o inquérito” contra ele. Com a extorsão, o homem recebeu cerca de R$ 30 mil, além de um veículo.
O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, no Distrito Federal. Ainda não se sabe como André teve acesso aos materiais de uso da corporação.
Falso delegado da Polícia Civil
Nas redes sociais, André Luiz se identificava como advogado e Delta, termo usado entre profissionais da polícia para identificar um delegado. De acordo com sua biografia no Facebook, ele também atuou como advogado na Secretaria Nacional de Segurança Pública; é oficial superior – capitão do Exército Brasileiro, além de trabalhar no Núcleo Preparatório de Oficiais do Exercito Brasileiro.
André Luiz também teria atuado como Chefe de Gabinete na empresa Câmara dos Deputados e como assessor jurídico na empresa Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM).
Em casos como esse, além de outros crimes, ele pode responder falsa identidade. De acordo com o artigo 307 do Código Penal, falsa identidade é “atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem”. A pena pode ser de 3 meses a 1 ano de prisão.