A barragem de rejeitos de minério em Crixás, na região norte de Goiás, passou por fiscalização nesta quarta-feira (30/1). Segundo a empresa Mineração Serra Grande, no local não existem substâncias químicas perigosas ou capazes de causar danos à saude dos moradores e servidores. A força-tarefa instaurada no estado deve realizar inspeção em cerca de 9 mil barragens, de água, rejeitos de minério e rejeitos industriais.
O intuito da ação, realizada pela Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com o Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar de Goiás, Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil, é prevenir possíveis incidentes, como o rompimento de Brumadinho, em Minas Gerais. “Precisamos reforçar a estrutura de controle e responsabilização dos empreendedores e, por outro lado, precisamos reforçar também a fiscalização”, disse a secretária Andréa Vulcanis.
A força-tarefa deve identificar todos os empreendedores e proprietários de terra que possuam barragens. Eles serão convocados para o cadastramento, que começa no dia 12 de fevereiro. As barragens que não tiverem cadastro poderão ser multadas ou retiradas. São identificadas as prioridades de fiscalização por área de risco e, logo em seguida, começam as vistorias nos locais.
Barragens com potencial de risco em Goiás
Dos quase 9 mil reservatórios localizados em Goiás, 200 possuem cadastrado na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima). A maior parte das barragens do estado são de água, usada para abastecimento, hidrelétrica e outros fins. Segundo a Secima, Goiás possui hoje 137 barragens de rejeitos, sendo 11 de grande porte.
Em Goiás, nove cidades possuem barragens de maior potencial de risco, mas sem perigo iminente, segundo a secretária de Meio Ambiente. Veja abaixo os locais:
- Crixás
- Catalão,
- Alto Horizonte
- Ninquelândia
- Barro Alto
- Caldas Novas
- São Simão
- Caçu
- Rio Verde
A Secima admitiu que em 2018 nenhuma vistoria em barragem de água foi realizada no Estado. Entretanto, argumentou que “usuários foram notificados para apresentação de dados” para aperfeiçoar o cadastro. Sobre as estruturas de contenção de rejeitos, a pasta disse que “todas” elas foram vistoriadas em 2017, diferente do que diz o levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA).