Um homem de 52 anos, que não teve a identidade revelada, foi linchado por moradores do Paranoá, no Distrito Federal (DF), depois de ter sido apontado como autor de um estupro. A denúncia foi feita pela suposta vítima, uma criança de 12 anos, que contou que o homem a teria pegado na porta da escola, cometido o abuso e depois a devolvido no local. O crime ocorreu no dia 30 de novembro de 2018.
Após as agressões, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada para atender a ocorrência. No local, uma equipe de policiais constatou que os agressores já haviam ido embora e o homem linchado estava deitado no asfalto, ensanguentado e acompanhando por alguns familiares.
De acordo com a ocorrência, a vítima foi espancada na porta de casa; os agressores usaram pedaços de madeira. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Regional do Paranoá (HRP), com suspeita de traumatismo craniano e fraturas no maxilar e em outras regiões da cabeça. Os responsáveis pelo linchamento serão investigados e indiciados.
Criança vítima de estupro no DF
Segundo a delegada Jane Klébia, responsável pelas investigações, ainda não é possível afirmar que o homem espancado seja o autor do estupro. “O que se sabe é que a menina reconheceu o homem em uma praça e contou aos familiares. A notícia se espalhou pela comunidade e um grupo se juntou para agredir o suspeito”, relatou ao Correio Braziliense. Ao receber alta médico, o homem deve ser encaminhado para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
O estupro, ocorrido no ano passado, foi revelado pela criança na última quinta-feira (24/1). De acordo com a investigadora, a mãe da menina percebeu que a filha andava triste e chorando; depois de muita insistência, a menina se abriu. Ao saber do crime, a mulher registrou um boletim de ocorrência.
A criança relatou que o homem estava na porta na escola e fingiu pedir uma informação, momento este que ela foi jogada no banco traseiro do carro. “O relato leva a crer que o suspeito colocou algo no rosto dela para que desmaiasse, já que ela não lembra do percurso, só de acordar em um parque, com as calças abaixadas e as dele também”, explicou a delegada. Ela disse ainda que após o ocorrido, ele a mandou ficar calada e em seguida a levou de volta para a porta da escola.
De acordo com a polícia, o homem não tem passagens. Caso seja confirmada que ele é o autor do estupro de vulnerável, ele pode pegar de cinco a 15 anos de prisão.