Em reunião com o futuro secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Wilder Morais (DEM), na última terça-feira (29/1), representantes da multinacional Mitsubishi Motors, empresa japonesa com destaque na fabricação de carros, desmentiram o boato que tem circulado entre funcionários e até na imprensa sobre demissões em massa que poderiam ocorrer na unidade da fábrica no município de Catalão, região sudeste do estado.
Durante a reunião, o chefe operacional da Mitsubichi, Robert Rittscher, teria demonstrado, ainda, interesse em expandir as atividades em Goiás. “Nós representamos duas marcas a Mitsubishi e a Suzuki e nós temos uma abertura muito grande de exportar veículos para toda América do Sul, temos um lançamento previsto de mais um produto nacional e estamos discutindo um 5º produto a ser produzido no Brasil”, conta Robert. E complementa o chefe operacional “quando falo Brasil me refiro a Goiás, nós não temos outra operação que não seja Goiás”.
Os representantes da multinacional aproveitaram a reunião para desmentir o boato de que a empresa estaria demitindo funcionários, e que mais de 200 já teriam sido desligados da empresa. “O que foi comentado há algumas semanas atrás não é realidade. Nós não demitimos nenhum funcionário. Evidentemente qualquer indústria demanda alguns ajustes dentro das estratégias produtivas e que podem chegar a algumas alterações do quadro da empresa. Mas nós não temos nenhum objetivo de demitir, como foi dito”, explica o chefe operacional.
A informação contradiz a afirmação que um parlamentar levou para tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás nos últimos dias de que a Mitsubishi teria demitido mais de 200 funcionários. O boato também estava circulando entre os funcionários da unidade de Catalão. Na terça-feira (29/1) o sindicato local chegou a realizar uma assembleia sobre o tema, que também foi levantado por um grande portal de notícias nacional.
Boatos de demissões na Mitsubishi de Catalão podem ter origem na ameaça da GM de deixar o Brasil
Com cinco fábricas no Brasil – São Caetano (SP), São José dos Campos (SP), Mogi das Cruzes (SP), Joinville (SC) e Gravataí (RS) –, a General Motors, GM, comunicou no dia 18 deste mês a seus funcionários que cogitava deixar o país caso não tivesse algumas exigências atendidas.
Além de benefícios de governos, revendedores e fornecedores, a empresa quer que os funcionários aceitem um arrocho. Para os trabalhadores de São José dos Campos, por exemplo, quer redução de custos trabalhistas em 28 pontos.
A empresa é fabricante do carro líder em vendas do Brasil, o Onix. Mesmo assim, está tendo prejuízos desde 2016. Segundo o comunicado enviado aos trabalhadores, a operação em toda a América do Sul está ameaçada.
Inicialmente, alguns tinham a impressão de que a GM não cogitava realmente executar esse plano. Estaria blefando para conseguir vantagens. Essa impressão foi desfeita na primeira reunião entre a empresa e sindicalistas.