Uma denúncia veiculada nesta quinta-feira (24/1) sobre a exoneração de dois servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) causou choque. Dois servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), foram exonerados na última quarta-feira (23/1), depois de denúncias de nepotismo, altos salários que chegam em mais de R$ 40 mil. Uma dos servidores exonerados recebia salário mensal de R$ 8,1 mil para consertar máquinas de escrever que nem existem mais no órgão. As informações são de O Popular.
Segundo o jornal, os servidores exonerados pertenciam ao quadro suplementar, que é alvo de questionamento do Ministério Público de Contas. Um dos exonerados, que estava no cargo de assessor contábil, mas atuava como analista de controle externo, função no qual é concursado, recebia R$ 41,6 mil.
A outra servidora ganhava R$ 8,1 mil para trabalhar como mecanógrafa, responsável por consertar máquinas de escrever. Entretanto, essas máquinas já não são utilizadas no TCE-GO há anos.
Ao jornal, o TCE-GO informou em nota que a exoneração dos servidores foi aprovada em plenário e que o órgão “segue trabalhando, promovendo os ajustes necessários”.
TCE-GO teria contratado um menino de 12 anos que atualmente estaria ganhando R$ 31,4 mil
O MP está ainda apurando as denúncias de irregularidades e quer a demissão dos funcionários contratados de forma irregular.
Segundo o Ministério Público de Contas, adolescentes entre 12 e 17 anos, foram contratados sem prévio concurso público “com o agravante de serem à época da contratação nos moldes CLT, menores de idade”. Ao longo do tempo eles ocuparam cargos efetivos de nível superior sem concurso público.
No caso do jovem de 12 anos, contratado em março de 1988, trabalha atualmente como analista de controle externo e recebe R$ 31,4 mil.
Ainda de acordo com o órgão, só em 2018 houve um desperdício de mais de R$ 25 milhões de reais. Para trabalhar seis horas por dia, motorista e fotocopiador ganham R$ 22 mil mensais.