Findou na última quarta-feira (23/1) o prazo do Governo de Goiás para dar uma resposta aos servidores do Estado quanto à proposta feita por eles após realização de assembleia geral. Representados por seus sindicatos, servidores de várias áreas do Estado que estão com o salário de dezembro em atraso propuseram ao Governo o pagamento deste no mês de fevereiro. Entretanto, de acordo com os servidores, o secretário de Governo insistiu na proposta de parcelamento dos salários. Uma nova assembleia de servidores foi convocada, e, segundo a presidente do Sintego, há a possibilidade de greve.
Na última segunda-feira (21/1), uma assembleia geral dos servidores do Estado foi realizada em frente ao Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia, e foi convocada pelo Fórum das Entidades Representativas de Goiás. Entre as entidades que confirmaram presença na assembleia e podem aderir, também, à uma possível greve geral, estão o Sintego, o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol) e o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde-GO). Na ocasião, foi acordado que seria apresentado ao Governo a proposta de pagar os salários atrasados do funcionalismo no mês de fevereiro. A ideia seria uma contraproposta ao Governo, que quer parcelar os salários.
Entretanto, após dois dias de deliberação, o secretário de Governo, Ernesto Roller, anunciou que não vai ceder, e apenas diminuiu o número de parcelas do salário de 6 para 5 vezes.
A Secretaria de Estado de Governo emitiu uma nota a respeita, onde fala sobre a proposta. A Segov diz que ö governo de Goiás vai quitar a folha de dezembro do funcionalismo público a partir de março, em 5 meses”, pois “é o que prevê a nova proposta de pagamento de forma escalonada, por faixa salarial, apresentada ao Fórum em Defesa dos Servidores Públicos, na sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), nesta quarta-feira (23)”. A nota ainda diz que “o secretário de Governo, Ernesto Roller, conduziu as discussões, ao lado do superintendente executivo da Sefaz, Sílvio da Luz, e da procuradora-geral do Estado, Juliana Diniz.
A proposta anterior previa o pagamento em seis meses. Agora, o governo pretende depositar, entre março e julho, o salário referente ao mês de dezembro para os 156.206 servidores que ainda não receberam o pagamento. Segundo o secretario Ernesto Roller, esse calendário prioriza aqueles que ganham menos e que são maioria no funcionalismo: “Nós conseguiríamos atingir 60% da folha nos dois primeiros meses”.
Servidores de Goiás convocam nova Assembleia
Diante da não aceitação da proposta do Governo, os servidores estão se articulando e convocaram uma nova assembleia. Na última segunda-feira, em entrevista ao Dia Online, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse que “estavam trabalhando para uma greve geral“, caso não chegassem a um acordo.
Desde segunda-feira, a presidente do Sintego anunciou uma paralisação da Educação até a resposta do Governo sobre o pagamento dos salários de dezembro. Apesar de não ter sido aderida totalmente, diversas escolas ao redor do Estado ficaram sem aulas na terça e quarta-feira. A presidente confirmou que a paralisação será mantida, e convocou uma assembleia para hoje, às 9h, na porta do Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Já o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), Paulo Sérgio Alves de Araújo, também demonstrou a insatisfação e chamou uma assembleia da categoria. Veja abaixou o post publicado por ele:
“A notícia não é boa. Após muita luta dos sindicatos e associações que compõem o fórum de servidores para garantir o direito de receber o salário de dezembro, o governo insistiu na proposta de parcelar em cinco vezes por faixa salarial a começar por março. Chega! Agora é assembléia da categoria de policiais civis de Goiás”.