Um caso de violência doméstica chocou o município de Caldas Novas na última terça-feira (22/1). Um homem de 26 anos foi preso depois de manter a namorada em cárcere privado e agredí-la por dois dias seguidos. A vítima teria aproveitado um momento de descuido do algoz para fugir. Ela foi perseguida e continuou sendo agredida pelo namorado no meio da rua, momento em que foi salva por uma mulher que passou na hora da agressão.
De acordo com o delegado Tibério Cardoso, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Caldas Novas e responsável pelo caso, a prisão de Eduardo Henrique Fernandes ocorreu ontem por volta das 9h. Ele conta que Eduardo, que está desempregado e tem passagens pela polícia por envolvimento com entorpecentes, estava em um relacionamento há pouco tempo com a vítima, somente identificada como Liliany, de 34 anos.
O delegado relata que o agressor, depois de um desentendimento com Liliany, decidiu prendê-la na casa dele, impedindo-a de sair e submetendo a mulher a várias agressões. O cárcere privado e o espancamento duraram dois dias.
Mas foi ontem, terça-feira, num momento de descuido de Eduardo que Liliany conseguiu fugir da casa onde era mantida prisioneira, correndo para a rua. Entretanto, ao perceber a fuga, de acordo com o delegado, Eduardo foi atrás dela, conseguindo alcançá-la. E no meio da rua começou a agredir a mulher violentamente, em público. Foi nesse momento que uma mulher passou de carro e percebeu a agressão. Ela então parou ao lado do casal, abriu a porta do veículo e disse para Liliany entrar.
A vítima, então, conseguiu se desvencilhar de Eduardo e correu para o carro. As duas seguiram para a delegacia, e Liliany registrou um boletim de ocorrência contra Eduardo. Ela ficou bastante ferida em razão das agressões, com o olho roxo e inchado e machucados nos braços e barriga.
O delegado conta que o agressor foi encontrado pouco tempo depois, ainda em Caldas Novas, e preso preventivamente. Ele encaminhado ao presídio de Caldas Novas, onde se encontra à disposição da Justiça. Se condenado, poderá pegar até seis meses de reclusão.
Mulher mantida em cárcere privado em Caldas Novas é vítima de uma trajetória de violência
O delegado responsável pelo caso conta que a vítima de Eduardo já foi vítima da violência, indiretamente, outra vez. Segundo ele, a mulher, de 34 anos, era casada e tinha um pequeno mercado em Caldas Novas.
Entretanto, durante um assalto ao estabelecimento seu marido foi morto. A mulher teria ficado profundamente abalada, e tempo depois do trágico incidente, acabou conhecendo Eduardo e se envolvendo com ele. Foi aí que começaram as agressões, até resultar no cárcere privado dela.