A assembleia geral de servidores do Estado, realizada na última segunda-feira (21/1) em frente ao Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia, teve vários encaminhamentos, mas a Educação definiu que ficará paralisada até quarta-feira (23/1), quando o governo deverá dar uma resposta definitiva em mais uma rodada de negociação sobre o pagamento dos salários atrasados do mês de dezembro. A paralisação em Goiás tem ainda indicativos de greve, dependendo da decisão do Governo.
Durante a assembleia, uma comissão do Fórum foi convidada a dialogar com o secretário de Governo, Ernesto Roller, que novamente expôs a proposta de parcelamento dos salários de dezembro, que estão em atraso. Uma última proposta dos representantes sindicais foi apresentada ao governo, pagar os salários de dezembro em fevereiro.
O Governo de Goiás, então, pediu um dia de prazo para estudar a proposta e marcou para quarta-feira (23/1), uma nova reunião em que será dito sim ou não para os servidores e servidoras do Estado. Até lá, os trabalhadores da Educação decidiram fazer uma paralisação, com assembleias e reuniões regionais e locais, para discutir, com a comunidade escolar, a situação.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), não haverá aula na rede estadual de ensino nesta terça (22/1) e quarta-feira (23/1).
Entretanto, a reportagem do Dia Online entrou em contato com algumas escolas estaduais. Uma delas informou que hoje, terça, haverá aula normal, mas não puderam informar sobre amanhã. Já em outra, haverá aula somente meio período, e na quarta-feira haverá paralisação completa.
Paralisação em Goiás pode virar greve, dependendo da decisão do Governo
De acordo com o resultado que o governo apresentar na quarta-feira, uma assembleia específica da Educação será convocada, com o indicativo de greve. Pelo menos é o que diz Bia de Lima, presidente do Sintego.
“A grande maioria da nossa categoria continua com problemas, já que não recebeu o salário, décimo terceiro, férias, auxílio-alimentação, não recebeu o ‘Bônus Reconhecer’, a falta de professores e professoras, motivos pelo quais o Sintego chamou esta paralisação até quarta-feira, com uma nova assembleia a partir do resultado da próxima audiência. Todas as regionais do Sintego vão fazer manifestações e atividades localizadas nos quatro cantos de Goiás”, afirmou Bia de Lima, que também é coordenadora do Fórum em Defesa dos Servidores Públicos.
Bia afirmou ainda que “o governo é quem sabe se quer apenas uma paralisação, ou se quer greve geral”, e que diante das ações do governo é que os trabalhadores da Educação saberão como agir. “Vamos fazer outros atos, vamos trabalhar para que o governo compreenda em definitivo que nós só queremos uma única coisa: o pagamento do salário de dezembro de 2018”, afirmou.