Em entrevista ao Dia Online concedida na tarde desta segunda-feira (21/1), a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, Bia de Lima, confirmou a possibilidade real de uma greve dos professores e demais profissionais da Educação em razão do não pagamento dos salários de dezembro, e informou ainda que está sendo trabalhada a hipótese de uma greve geral, com a adesão de todas as categorias que estão sem receber. Uma assembleia geral dos servidores foi convocada para a tarde de hoje.
A assembleia geral dos servidores do Estado está prevista para ocorrer às 16h30 desta segunda-feira, em frente ao Palácio Pedro Ludovico, e foi convocada pelo Fórum das Entidades Representativas de Goiás. Entre as entidades que confirmaram presença na assembleia e podem aderir, também, à uma possível greve geral, estão o Sintego, o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol) e o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde-GO).
Em entrevista ao Dia Online, Bia de Lima disse que o Governo de Goiás ofereceu uma proposta para pagar o salário atrasado de dezembro que não condiz e “não seria justo” com os interesses dos trabalhadores do Estado. “O que o Governo está fazendo é apresentar uma proposta de pagamento escalonado, mas esquece que tem também o décimo terceiro, tem férias, bonificações, tem várias coisas que também precisam ser pagas”, declara.
A presidente do Sintego confirmou ainda a possibilidade real de uma greve geral, com adesão de todas as categorias. “Estamos trabalhando para isso”, disse.
Complicações no pagamento dos servidores públicos de Goiás vêm desde o ano passado
O impasse do pagamento do salário do funcionalismo público vem desde dezembro do ano passado, quando o governador Ronaldo Caiado, à época recém-eleito, informou que o Estado não teria dinheiro para pagar os servidores, e que havia pegado o Governo “quase em situação de falência”.
O governador Ronaldo Caiado tem feito reuniões com representantes dos servidores, juntamente com a secretária da Fazenda, Cristiane Schmidt, para tentar chegar a um acordo para o pagamento dos servidores, mas nada foi definido ainda. Na última reunião, Caiado propôs um sistema de pagamento por faixa salarial. Essa mesma proposta será tema de discussão da assembleia geral convocada hoje.