O ano letivo da rede estadual de ensino de Goiás começa nesta segunda-feira (21/1) e os professores podem não voltar às salas por conta do atraso do pagamento dos salários do mês de dezembro. Na última quinta-feira (17/1), os servidores se reuniram no centro de Goiânia para uma manifestação, organizada pelo Grupo de Mobilização dos Professores do Estado de Goiás (MPG), onde afirmaram só voltar às aulas quando o débito for quitado. O protesto, em movimento independente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás (Sintego), deve se repetir esta semana.
A Associação dos Servidores do Sistema Educativo do Estado de Goiás (ASSED) entrou com um pedido de liminar junto ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) solicitando que a Secretaria da Fazenda (Sefaz) quite a dívida. O pedido foi aceito pelo desembargador Delintro Belo de Almeida Filho da 4ª vara cível da comarca de Goiânia, que determinou, também na quinta-feira, o pagamento dos salários aos professores.
Segundo a decisão, o magistrado decidiu em favor dos servidores da educação por se tratar de verba alimentar e que o governo tem a obrigação de pagar os salários dos servidores até o dia 10 de cada mês. Conforme a determinação, caso o governo não efetue o pagamento integral, o mesmo deverá ser feito com juros e correção.
Pagamento dos professores de Goiás
Em entrevista coletiva, a titular da Sefaz, Cristiane Schmidt, afirmou que o salário de dezembro dos professores e de outros servidores estaduais serão pagos, mas ainda sem data definida. Schmidt enfatizou ainda que “não adianta fazer greve”, pois o governo está sendo transparente e ainda não há recursos para quitar os salários pendentes.
Início do ano letivo em Goiás
Nesta segunda-feira (21/1) mais de 485 mil estudantes devem voltar às aulas em todo o estado. De acordo com o calendário escolar, em 2019 serão 203 dias letivos. No primeiro semestre, que terá 107 dias, as aulas seguem até 28 de junho. Já o segundo semestre, que contará com 96 dias letivos, se inicia no dia 1º de agosto e vai até 18 de dezembro.
Como medida de economia, todos os alunos do Instituto de Educação de Goiás (IEG) serão remanejados para o Colégio Pré-Universitário, no Setor Leste Universitário, em Goiânia. A mudança, que deve ser feita em 60 dias, ocorre depois que a secretária de Educção, Fátima Gavioli, anunciou que a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) será transferida de um prédio alugado, no valor de R$ 500 mil, para o prédio onde atualmente funciona o IEG. De acordo com ela, com a transferência, o Estado economizará cerca de R$ 7,5 milhões.