O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), participa na manhã desta sexta-feira (18/1) de uma entrevista na Rádio Sagres, em Goiânia. Na entrevista, o governador chegou a afirmar que os governos anteriores, que se referem a Zé Eliton e Marconi Perillo, ambos do PSDB, “não mediram as consequências e deixaram Goiás em uma situação gravíssima”.
Segundo Caiado, os governos anteriores “tiveram total desrespeito com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Informações manipuladas deterioraram a situação fiscal do Estado”, afirmou, aos jornalistas Cileide Alves e Rubens Salomão, no programa Manhã Sagres, da Rádio 730. “Estamos fazendo um sério reajuste para que o Estado, de fato, beneficie a população”, disse ao esclarecer questões relacionadas à situação fiscal do Estado. #
Ao detalhar os supostos graves problemas financeiros deixados pela gestão anterior, o governador Ronaldo Caiado destacou que “82,98% do orçamento do Estado é gasto com a folha de pagamento dos servidores públicos”. Ele ressaltou ainda que o déficit encontrado é de R$ 3,4 bilhões. “Um governador não pode usar a máquina do Estado para projetos pessoais e eleitoreiros. Não mediram as consequências e deixaram Goiás em uma situação gravíssima”, disse.
O governador Ronaldo Caiado também afirmou que há um diálogo permanente com o Governo Federal para encontrar soluções para os problemas financeiros. “Os últimos governos fizeram Goiás extrapolar todos os critérios para entrar no Regime de Recuperação Fiscal, mas a União também enfrenta graves problemas. Estamos buscando um entendimento”.
Questionado sobre a folha salarial de dezembro, que não foi empenhada e paga pelo governo anterior, O governador Ronaldo Caiado destacou que está dialogando com os servidores. “Serei transparente em relação às contas públicas. A sociedade terá acesso ao que o Estado tem em recursos financeiros e, por meio do diálogo, vamos decidir as prioridades”, disse.
Nova proposta de quitação de salários dos servidores foi apresentada
A gestão Ronaldo Caiado propôs, na noite de quinta-feira (17/1), uma forma de pôr fim ao drama dos servidores públicos acerca do salário de dezembro do ano passado, que não foi pago. A proposta foi feita em reunião com representantes do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás, ocorrida na tarde ontem na Sefaz.
A ideia do governo é pagar em forma de escalonamento ao longo de seis meses. O pagamento será feito a partir de março, dos menores aos maiores salários dos servidores.
No início do mês de janeiro, dia 3/1, representantes de vários sindicatos de servidores públicos estaduais se reuniram com o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e a secretária de Economia, Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt e deputados estaduais para discutir a questão do pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro de 2018. Na reunião, que ocorreu no Palácio Pedro Ludovico, foi proposto aos líderes dos sindicatos um parcelamento para para pagamentos dos atrasados, proposta essa rejeitada por eles.
A reunião durou pouco mais de duas horas e foi realizada a portas fechadas no Palácio. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Goiás (Sintego), Bia de Lima, chegou a postar um vídeo em suas redes sociais, onde comentou a decisão de recusar o parcelamento dos salários de dezembro. “O governador fez questão de chamar as entidades pra mostrar a difícil realidade financeira do Estado, que não é novidade pra nós. No entanto, apresentou a proposta de parcelar o salário de dezembro. Nós não concordamos com isso e dissemos isso pra ele, que não tem acordo nessa possibilidade”.
A nova proposta para pagar o salário de dezembro dos servidores, apresentada ontem, ficou da seguinte forma:
Até R$ 3500 líquido recebem em março
De R$ 3500 até R$ 4800 em abril
De R$ 4800 até R$ 6100 em maio;
De R$ 6100 até R$ 8800 em junho
De R$ 8800 até R$ 17400 em julho
Acima de R$ 17400 em agosto.