Em entrevista ao Jornal do Meio-Dia no início da tarde desta sexta-feira (18/1), a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, revelou que a secretária da Fazenda do Estado de Goiás, Cristiane Schmidt, disse a ela em reunião na Sefaz que os salários dos servidores da Educação referentes a janeiro estarão na conta na próxima segunda-feira (21/1).
A reunião em questão aconteceu na última quinta-feira (17/1), quando o governador Ronaldo Caiado e a secretária da Fazenda Cristiane Schmidt se reuniram com representantes do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás, na Secretaria de Fazenda (Sefaz), para tentar uma negociação com a situação salarial dos servidores públicos de Goiás.
Na reunião, Caiado chegou a apresentar uma nova proposta de pagamento do salário de dezembro aos servidores. A ideia do governo é pagar em forma de escalonamento ao longo de seis meses. O pagamento será feito a partir de março, dos menores aos maiores salários dos servidores. Sem acordo, uma nova reunião foi marcada para hoje (18/1).
Enquanto o pagamento dos salários dos servidores referentes a dezembro continua incerto, o de janeiro deve ser pago na segunda-feira (21/1). A informação foi confirmada pela presidente do Sintego, Bia de Lima, que disse ouvido isso da própria secretária da Fazenda, na reunião da Sefaz. “Os servidores [da Educação] estão a postos para voltar ao trabalho na segunda-feira. Mas sem salário, não dá”, comenta.
A proposta inicial de Caiado era de que o pagamento de janeiro fosse feito até o dia 25.
Membros do Sintego e servidores de outras áreas haviam recusado proposta de parcelamento do salário
No início de janeiro deste ano, representantes de vários sindicatos de servidores públicos estaduais se reuniram com Ronaldo Caiado e Cristiane Schmidt, além de deputados estaduais, para discutir a questão do pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro de 2018. Na reunião, que ocorreu no Palácio Pedro Ludovico, foi proposto aos líderes dos sindicatos um parcelamento para para pagamentos dos atrasados, proposta essa rejeitada por eles.
A reunião durou pouco mais de duas horas e foi realizada a portas fechadas no Palácio. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Goiás (Sintego), Bia de Lima, chegou a postar um vídeo em suas redes sociais, onde comentou a decisão de recusar o parcelamento dos salários de dezembro. “O governador fez questão de chamar as entidades pra mostrar a difícil realidade financeira do Estado, que não é novidade pra nós. No entanto, apresentou a proposta de parcelar o salário de dezembro. Nós não concordamos com isso e dissemos isso pra ele, que não tem acordo nessa possibilidade”.
Hoje, no Jornal do Meio-Dia, Bia de Lima disse que, como muitos servidores ganham pouco, se fosse parcelar o salário eles iriam receber cerca de R$ 200 a R$ 300 reais por mês.
O impasse segue.