Em plena crise fiscal, o que acarretou, consequentemente, o não pagamento dos salários do funcionalismo público referente ao mês de dezembro, o Governo de Goiás acaba de anunciar a contratação de uma empresa para a realização de concurso público para preenchimento de 500 vagas de agente penitenciário. A contratação do Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) foi feita pela Secretaria de Gestão de Planejamento (Segplan), e foi publicada hoje (18/1) no Diário Oficial. O edital deve sair a qualquer momento.
Na publicação do Diário, o Governo anuncia a assinatura do contrato com a Iades, mesma banca responsável pelo concurso da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), sob o valor de R$ 1 milhão e 360 mil reais. As 500 vagas do concurso são do cargo de agente penitenciário para a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP).
O contrato com a empresa Iades para a realização do concurso passo a valer a partir da data da assinatura, que se deu no dia 3/1.
Concurso público para agente penitenciário é anunciado em plena crise em Goiás
Sob o valor de mais de R$ 1 milhão e 300 mil, o contrato com a Iades para a realização do concurso para segurança prisional parece vir em péssima hora.
Uma prova disso, em entrevista a Rádio Sagres na manhã de hoje (18/1), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), chegou a afirmar que os governos anteriores, que se referem a Zé Eliton e Marconi Perillo, ambos do PSDB, “não mediram as consequências e deixaram Goiás em uma situação gravíssima”.
Segundo o governador Caiado, os governos anteriores “tiveram total desrespeito com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Informações manipuladas deterioraram a situação fiscal do Estado”, afirmou, aos jornalistas Cileide Alves e Rubens Salomão, no programa Manhã Sagres, da Rádio 730. “Estamos fazendo um sério reajuste para que o Estado, de fato, beneficie a população”, disse ao esclarecer questões relacionadas à situação fiscal do Estado.
Ao detalhar os supostos graves problemas financeiros deixados pela gestão anterior, o governador Ronaldo Caiado destacou que “82,98% do orçamento do Estado é gasto com a folha de pagamento dos servidores públicos”. Ele ressaltou ainda que o déficit encontrado é de R$ 3,4 bilhões. “Um governador não pode usar a máquina do Estado para projetos pessoais e eleitoreiros. Não mediram as consequências e deixaram Goiás em uma situação gravíssima”, disse.