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“Dizia que queria me acalmar na cama”, diz funcionária que acusa ex-médico do TJ-GO de assédio sexual

Por Ton Paulo
Publicado em 17/01/2019 às 15:12
"Dizia que queria me acalmar na cama", diz funcionária que acusa ex-médico do TJ-GO de assédio sexual

Foto: Reprodução

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Em inquérito que corre desde maio de 2018, sete mulheres – funcionárias e estagiárias do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) – acusam o servidor de carreira e ex-diretor do Centro de Saúde da Corte, Ricardo Paes Sandré, de assédio sexual e moral quando este era responsável pelo departamento de saúde do Tribunal. Entre vários relatos registrados, uma das mulheres conta que o médico, que também é genro do presidente do TJ-GO, teria dito a ela, em um momento dela de irritação por causa das insinuações sexuais, que “adoraria acalmá-la na cama”. As supostas vítimas do ex-médico do TJ-GO foram convocadas a depor na Corte entre os dias 18 e 21 de janeiro.

Inicialmente, elas prestaram depoimento ao Ministério Público do Trabalho (MPT). O caso foi então encaminhado à Promotoria estadual. Após as denúncias, em maio do ano passado, Sandré pediu exoneração do cargo de diretor do Centro de Saúde do Tribunal e requereu a abertura de processo administrativo interno na Corte. Entre 20 de setembro e 19 de dezembro, ele gozou de licença-prêmio, concedida pela Secretaria de Recursos Humanos do TJ de Goiás. Atualmente, está em férias.

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No processo aberto contra Sandré, são vários os relatos de mulheres que teriam sido vítimas de assédio moral e sexual por parte dele. No depoimento de uma estagiária, ela conta que, ao ser submetida a uma prova oral aplicada pelo médico, ouviu dele que “antigamente as meninas quando iam fazer prova, iam de saia e sem calcinha, e ficavam cruzando as pernas, e os examinadores com certeza as aprovavam”.

No relato de uma médica, consta que ele, Ricardo, teria sido direto ao assediá-la sexualmente. “Quando eu ficava irritada com as insinuações sexuais, (ele) dizia que adoraria me acalmar na cama. Certa feita disse: “Estou com dor de garganta hoje (…) seu marido faz isso com a sra., doutora?”.”, conta no processo que corre na Justiça. As servidoras ainda relatam em depoimento constante no processo que, como represália, Sandré mudava escalas de trabalho constantemente, barganhava a retirada e a concessão de gratificações e ameaçava não autorizar férias.

Uma outra ex-estagiária afirma que, certa vez, abraçou uma amiga contratada para a limpeza da Corte, quando Sandré apareceu.“Lésbica??? Ah, não! Duas lésbicas eu não aceito não! Comigo tem que gostar de homem! Pra resolver seus problemas, você tem é que dar”, relatou.

Entre outras declarações de cunho sexual que Ricardo Sandré teria dito às mulheres, servidoras do TJ-GO, estariam “Se você quiser um pinto amigo, eu estou disponível”. “É simples: eu vou ali no cantinho e abaixo as calças, aí é só alegria!”. “Ih, lá embaixo deve estar cheio de teia de aranha”. Todos os relatos estão presente no inquérito que corre contra Sandré, que é genro do presidente do TJ-GO.

Testemunhas em processo administrativo que corre no TJ e de inquérito no Ministério Público Estadual de Goiás, as mulheres foram convocadas a depor na Corte entre os dias 18 e 21 de janeiro.

CREMEGO se pronunciou sobre o caso

Procurado pela reportagem do Dia Online, o Conselho Regional de Medicina de Goiás declarou que está apurando o caso e acompanhando as investigações, mas que em função do sigilo ético e profissional, não está autorizado a se posicionar ou revelar detalhes sobre o caso.

Em nota, ex-médico do TJ-GO nega as acusações de assédio

No dia 14 de dezembro do ano passado, Ricardo Sandré, através de uma nota publicada no site do Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legistas do Estado de Goiás (Sindperícias-GO), declarou que as acusações “nenhum dos relatos condizem com a verdade, sequer remotamente”, e que “a ação orquestrada de alguns servidores, tornou-se uma cruzada pelo assassinato de sua reputação”.

Confira a nota abaixo:

“Nota à imprensa

Ricardo Paes Sandre, buscando espaço de fala através dos veículos de notícia que divulgaram relatos a meu respeito, vem a público dizer que:

1) a primeira e mais importante premissa é a de que nenhum dos relatos que me atribuem práticas de irregularidades, assédio moral, sexual ou abuso de poder (nenhum!) condizem com a verdade, sequer remotamente;

2) a ação orquestrada de alguns servidores (nem de longe a maioria), tornou-se uma cruzada pelo assassinato de minha reputação. As causas estão relacionadas a decisões administrativas que foram tomadas em colegiado e, sobretudo, ao choque de gestão implantado na direção no Serviço de Saúde do TJGO, a exemplo de exigências simples como:

I) cumprimento de horário (fiscalizado eletronicamente),

II) desempenho pleno das funções médicas, inclusive em situações de emergência médica (situações frequentemente recusadas por médicos!), ou

III) gratificações concedidas por critério de mérito e pertinência com as funções. Todas as decisões que advindas deste choque de gestão, além de serem resultantes de atuação colegiada, atenderam a determinações superiores, do Conselho Nacional de Justiça;

3) após a deflagração desta ação difamatória, espontaneamente me afastei de minhas funções e, por minha iniciativa, solicitei a instauração de um procedimento administrativo disciplinar na Corregedora do TJGO, destinado a minha própria investigação;

4) jamais (repito: jamais!) fui chamado a me manifestar ou me franquearam espaço para que pudesse expor minhas considerações ou exercer minha defesa. Ao contrário; somente através de medida judicial (Mandado de Segurança nº 5269032.14) pude ter acesso aos autos do procedimento destinado às investigações que, até o momento da decisão liminar, foram mantidos em sigilo em meu desfavor;

5) para além das contradições e fragilidades nítidas em depoimentos motivados por inconformismos de alguns servidores, uma série de outras provas e informações inexploradas, demonstrarão em curto tempo a existência deste verdadeiro assassinato de reputação;

6) as difamações, injúrias e até calúnias orquestradas em meu desfavor, além de me atingirem, tem refletido diretamente na integridade moral de minha família. Por esta razão e, sobretudo por eles, tão logo possa vir a me pronunciar na instância administrativa e judicial, provarei a inverdade destes factoides e adotarei as medidas judiciais cabíveis.”

Tags: assédio sexualdenúncia de assédiogoiástj-go

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