A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira (16/1) o segurança Selmar Pereira Silva, de 37 anos, que foi filmado esfaqueando até a morte Danilo Gomes Sousa Amaral, 19 anos, que estava em situação de rua na noite da última terça-feira (15/1), em frente à drogaria Primavera, no Setor Leste Universitário, em Goiânia.
Selmar teria matado Danilo após se irritar com ele por pedir dinheiro aos clientes do estabelecimento.
A delegada responsável pelo caso, Magda D´Avila, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), vai conceder entrevista coletiva às 20h desta quarta-feira.
Selmar esfaqueou Danilo por volta das 21h20 em frente à Drogaria, onde era segurança. As câmeras de segurança do comércio foram fundamentais para identificar o autor do homicídio, o segurança que trabalhava na farmácia há cerca de 10 meses.
Nas imagens, enquanto o segurança Selmar parece gritar, a vítima permanece de braços cruzados. Selmar se afasta um pouco da vítima, mas volta e inicia as agressões, empurrando-o para além de um para-peito. Uma mulher tenta ajudar, momento em que o segurança tira uma faca da cintura e inicia as agressões.
O pedinte chega a permanecer de pé por alguns instantes, sangrando, mas cai logo em seguida, se retorcendo.
Toda a cena foi testemunhada por duas pessoas que estavam no local. Uma delas, uma moça, pediu socorro pelo celular.
Crime em Goiânia: segurança não tem curso
Ao Dia Online, o sócio-proprietário da drogaria onde trabalhava o vigilante disse que Selmar não tinha nenhum curso ou treinamento específico para atuar no estabelecimento. “Ele só olhava o local e conversava mais grosso com os usuários de drogas que ficam ali perto, mas não tinha nenhum curso ou treinamento não”, informou.
O dono da drogaria ainda disse que não havia, até o momento, nenhum histórico de violência por parte de Selmar. Questionado sobre a faca que Selmar portava, o dono da farmácia declarou que não tinha conhecimento dela. “Se a gente soubesse que ele andava com essa faca, já teria sido demitido”, diz.
Por último, o homem disse que, após o incidente, o segurança não voltou mais no estabelecimento. “Ele sumiu, desapareceu, depois de ontem”, conta.
No momento do crime, Selmar usava uma camiseta com o brasão da Polícia Militar de Goiás (PM). À reportagem do Dia Online, a PM negou qualquer ligação do vigilante com a corporação.