O delegado Marlon Luz, responsável pela Operação Anjo da Guarda 2, que terminou com a prisão do líder de uma seita religiosa e avó de três crianças, estupradas pelo líder religioso, concluiu o inquérito da operação. Após a conclusão das investigações, o delegado pediu o indiciamento dos dois presos pelos crimes de estupro de vulnerável praticados em rituais de magia negra contra três crianças de 3 a 10 anos e uma adolescente de 14.
Durante a operação foram presos Nilson Alves de Souza, de 42 anos e a avó das meninas, Noêmia Cândida de Jesus, de 48. A operação foi deflagrada no último dia 4 de janeiro de 2019, após denúncias de que as meninas estavam sendo abusadas sexualmente, durante os rituais, em um assentamento às margens da G0-221, na cidade de Caiapônia.
Acusados de estupro de vulnerável
O delegado do caso afirmou que o inquérito foi concluído no tempo hábil de 10 dias, e conta que o documento com as denúncias e os depoimentos das vítimas e dos acusados totalizaram mais de 300 páginas.
Segundo Marlon Luz, em entrevista a uma emissora local de Caiapônia, Nilson Alves e a avó das meninas foram indiciados por pelo menos 10 estupros, com uma adolescente estuprada pelo menos sete vezes, durante o período que esteve no acampamento.
“A avó vai responder pelo mesmo crime, porque primeiro ela tinha a função, na condição de familiar, de proteger essas vítimas, tanto as crianças como a adolescente. E ela, pelo contrário, além de induzir, as obrigou por meio de ameaças a manter relações sexuais com o líder da seita”, explica o delegado.
Conforme o delegado, os estupros foram praticados tanto com conjunção carnal, como em outros atos libidinosos diversos, principalmente em relação as crianças mais novas, sem ter a compreensão necessária sobre o que estava acontecendo.
Com a conclusão do inquérito em que pede o indiciamento do líder religioso e da avó pelos crimes de estupro de vulnerável, Marlon Luz afirmou que a manutenção da prisão dos acusados é necessária até a condenação do líder e da avó das meninas, para que as vítimas não sejam intimidas pelos dois acusados.