Um grupo de caminhoneiros faz, desde o início da manhã desta sexta-feira (11/1), um protesto na BR-153, em Jaraguá, a 120 quilômetros de Goiânia. O protesto de caminhoneiros interditou o trecho da BR na altura do KM 32, próximo ao trevo para Goianésia. Eles reivindicam melhorias nas condições de rodovias do Estado.
A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que está no local neste exato momento. De acordo com a corporação, o congestionamento no sentido norte-sul está em quase 2km e no sentido contrário (sul-norte) um pouco menor.e ainda não há previsão de quando a rodovia será totalmente liberada.
A PRF confirmou que uma equipe está no local para negociar a liberação da pista e monitorando o tráfego.
Entre as reivindicações dos caminhoneiros estão o pedido de melhorias nos trechos da BR-153 de Jaranápolis a Ceres e Santa Tereza a Porangatu.
A reportagem do Dia Online está acompanhando a situação e deve trazer mais informações a qualquer momento.
Atualização: A PRF informou que a pista foi integralmente liberada, após negociações para a desobstrução, às 14h10.
Protesto de caminhoneiros em Jaraguá traz fantasma da greve da categoria, que marcou o ano de 2018
A categoria dos caminhoneiros parou no dia 21 de maio do ano passado para exigir uma redução nos preços do óleo diesel – que subiram mais de 50% nos últimos 12 meses. A principal reivindicação era que os impostos que incidem sobre o combustível, como o PIS-Cofins. Eles também exigiam a fixação de uma tabela mínima para os valores de frete.
Ao longo da greve, discursos anticorrupção também se juntaram às bandeiras defendidas pelo movimento, que em poucos dias se tornou expressivo e provocou impactos à população, em diversos segmentos. Alguns grupos de manifestantes passaram a expressar apoio a um golpe militar.
Com caminhões parados, bloqueando parcialmente as rodovias, combustíveis deixaram de ser entregues em diversos postos e outras atividades que esperavam matérias-primas e produtos essenciais, como alimentos, também acabaram desabastecidos.
O movimento começou a perder força, após um acordo entre alguns representantes da categoria e o governo, e a entrada em cena do Exército para desbloquear vias e garantir o abastecimento aos diversos setores afetados.
A greve durou 11 dias, e terminou no início de junho.