Um menino de 12 anos foi encontrado pelo pai em um Centro Espírita de Brasília, depois de ficar mais de uma semana trancada dentro de um quarto, num suposto ritual religioso. O caso só foi descoberto pelo pai da criança, que estranhou não encontrar a criança durante esse período e buscou informações sobre o que estava acontecendo com o filho.
Conforme matéria publicada pelo G1, a mãe do menino foi a responsável por levá-lo para o Centro Espírita em que ele foi encontrado pelo pai. De acordo com a matéria, o homem, que é separado da mãe do menino, e a atual esposa, notaram a ausência do menino, que há 15 dias não ia na escola, e foi à casa da ex-mulher em busca de informações. A mesma informou que o filho estava em uma fazenda do Centro Espírita, pois passava por problemas psicológicos, mas não iria repassar o endereço.
Em posse das informações, o pai do menino investigou até descobrir onde era a fazenda que o filho estava internado. Ele encontrou o adolescente, que estava trancado há 15 dias em um quarto do centro, com as roupas molhadas e mofadas.
O menino em seu depoimento para polícia contou que o primeiro passo para o ritual era raspar a cabeça e que eles eram obrigados a tomar um banho gelado, e que todas as pessoas lá são obrigadas a cumprir essa regra. A criança afirmou também que chegou a ficar mais de 10 horas sem comer e que só podia comer arroz com frango, sem sal e sem tempero.
No próximo passo do suposto ritual religioso, o menino seria abusado sexualmente
Segundo o relato do menino à polícia, após ser mantido trancado, tomando banho gelado e de ter ficado mais de dez horas sem alimentação durante esse período, o próximo passo do ritual seria, segundo o menino, ele ser abusado sexualmente por um dos responsáveis do centro.
Após constatar que o menino estava sendo mantido trancado durante esse período, e que a mãe foi a responsável por levá-lo para o centro, para participar do suposto ritual. O Conselho Tutelar elaborou um relatório considerando que outras pessoas podem ter passado pelo mesmo sofrimento da criança e entregou um termo de responsabilidade para o pai do garoto. No entanto, a mãe procurou a Vara da Infância que lhe devolveu a guarda do menino.