O pesadelo acabou para Kei Nishikori. O tenista japonês encerrou neste domingo um jejum de quase três anos sem troféus, período em que foi vice-campeão por nove vezes seguidas. O 9º colocado do ranking foi campeão do Torneio de Brisbane, na Austrália, ao vencer na final o jovem russo Daniil Medvedev por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 3/6 e 6/2, em 1h45min.
O finalista do US Open de 2014 não se sagrava campeão desde que conquistou o Torneio de Memphis, nos Estados Unidos, em fevereiro de 2016. Desde então, ele vinha amargando decepções em finais e problemas físicos, principalmente em 2017. A sua recuperação foi gradual ao longo de 2018. Chegou a figurar em 39º no ranking, em abril do ano passado.
O fim do jejum e o 12º título no circuito vieram com uma vitória sobre uma das promessas da nova geração, que vinha surpreendendo em Brisbane. Aos 22 anos, no 16º posto do ranking, Medvedev era o quarto cabeça de chave e eliminara rivais como o escocês Andy Murray, ex-número 1 do mundo, e o canadense Milos Raonic, vice-campeão de Wimbledon.
Mesmo perdendo o segundo set, Nishikori foi superior ao longo de todo o jogo. Na primeira parcial, sofreu uma quebra, mas faturou duas e abriu vantagem no placar. Na segunda, perdeu o saque na única chance obtida pelo rival. Além disso, não aproveitou nenhum dos oito break points cedidos pelo russo.
Sem se abalar com as chances perdidas, o japonês manteve a concentração e a confiança para superar Medvedev no terceiro set. Nishikori obteve três quebras de saque, sofreu apenas uma e fez valer a maior experiência na final do campeonato.