O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacou, em palestra feita neste domingo, que o Brasil tem uma economia fechada e uma democracia com muitos partidos, o que dificulta o avanço de reformas.
Goldfajn falou para alunos da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, e a apresentação foi divulgada pelo Banco Central. O texto reforça que as expectativas para a inflação nos próximos meses estão próximas da meta e que a taxa básica de juros (Selic) está no menor nível histórico.
Para a recuperação sustentável da economia, Goldfajn listou a necessidade de reformas fiscais, especialmente da Previdência; de garantir a autonomia do Banco Central e de avançar com as reformas estruturais da instituição previstas na agenda BC+, de reformas para aumento da produtividade e abertura comercial.
“O Brasil precisa continuar no caminho de ajustes e reformas, especialmente da Previdência, para garantir confiança na sustentabilidade fiscal e conseguir um crescimento maior”, afirmou.
Ele também destacou o cenário global “desafiador” para as economias emergentes, com aversão ao risco e incertezas relacionadas à guerra comercial. “O Brasil está bem posicionado para resistir a choques”, afirmou, lembrando das reservas internacionais e do fluxo de investimento estrangeiro.