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Bela viagem pela música concertante para viola

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 05/01/2019 às 08:36
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Historicamente, a viola tem um diminuto repertório concertante. Somente no século 20, e muito por causa de grandes virtuoses do instrumento, como William Primrose (1904-1982), e do compositor Paul Hindemith (1895-1963), ele mesmo também excelente violista, o repertório cresceu bastante – e hoje a viola é um dos instrumentos preferidos pelos compositores contemporâneos.

Por isso, quem toca viola acaba sempre tocando transcrições de grandes concertos para violino ou outros instrumentos. O ótimo violista nova-iorquino David Aaron Carpenter, de 32 anos, é um desses caçadores de novos repertórios ou de transcrições. Lançou em 2018 o álbum duplo Motherland pelo selo Warner, disponível em plataformas digitais (R$ 19,90). O primeiro CD é praticamente ocupado com o concerto de Antonin Dvorák, original para violoncelo. Particularmente bem-sucedida é sua leitura do Adagio, ma non troppo intermediário. Carpenter é acompanhado pela Filarmônica de Londres, regida por Kazushi Ono.

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A performance mais diferenciada do álbum duplo é a de duas obras concertantes originais para a viola compostas no século 20. De um lado, os dois movimentos do concerto para viola e orquestra, que o compositor húngaro Bela Bartók deixou inacabado, ao morrer em Nova York em 1945. O concerto foi completado por seu amigo e violista Tibor Serly. Carpenter e a Filarmônica de Londres oferecem uma interpretação comedida do Moderato inicial e do comovente Adagio religioso. Muito por causa da mudança de regente. Aqui a batuta é empunhada pelo excelente Vladimir Jurowski, de 46 anos.

Também é interessantíssimo e pouco executado por aqui o concerto para viola de William Walton (1902-1983), escrito para e estreado por Paul Hindemith em Londres em 1928. Muitos anos depois, em 1961, Walton o remodelou. Ele adota a estrutura de três movimentos, mas os ordena de modo diferente: o mais lento é o primeiro, um Andante comodo. O segundo é um Vivo, e molto preciso – e o último um Allegro moderato. Além disso, Walton inova ao explorar preferencialmente a tessitura grave da viola, aproximando-a do violoncelo, ao contrário das obras concertantes para o instrumento, que o fazem soar mais como violino. Outra execução notável de Carpenter, acompanhado pela Filarmônica de Londres, regida por Vladimir Jurowski.

Garimpos, entretanto, sempre envolvem riscos. Carpenter jogou para a plateia ao interpretar obras do ucraniano Alexey Shor, de 48 anos. Ele deixou a Ucrânia aos 20 anos. Passou um tempo em Israel, depois na ilha de Malta, e no Canadá. Hoje vive nos EUA. Isso explica tudo. Sua música é descartável, de consumo, nada tem de invenção. Dá para absolver as quatro Paisagens Marinhas para viola e orquestra, mas são indesculpáveis os estereótipos turisticamente simplórios demais nas 13 vinhetas geográfico-musicais do ciclo sinfônico A Canção Bem Temperada (uma referência injustificável a Bach).

Mas é preciso ponderar que Carpenter está perdoado, porque suas leituras dos concertos de Dvorák (transcrito) e de Bartók e Walton (originais para a viola) são de alto nível.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tags: david aaron carpentereruditamotherlandmúsica

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