O Governador Ronaldo Caiado (DEM), após acompanhar a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília, visitou na noite da última terça-feira (1/01) o Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. A visita foi motivada pela possibilidade da unidade fechar as portas para o recebimento de novos pacientes, por falta de verba para a compra de insumos e pagamento dos funcionários.
Caiado concedeu entrevista coletiva logo após a visita e afirmou que enquanto se deslocava para Brasília, para acompanhar a posse do presidente. O médico e deputado federal, Zacharias Calil (DEM) entrou em contato e informou que o diretor do Hospital Materno Infantil, lhe comunicou que não teria condições de receber pacientes a partir desta quarta-feira (2/01), devido a falta de verba para comprar dos insumos para o atendimento básico.
“O único de referência na área em Goiás, já com incapacidade de absorver novos pacientes, cirurgias canceladas e filas enormes. É um quadro caótico, assistimos vidas de crianças que estão correndo alto risco”, relatou.
O governador afirmou durante a coletiva que o diretor geral da unidade, Márcio Gramosa, lhe informou que a dívida do Estado com o Hospital é de R$ 65 milhões, mas que o governo anterior fez o repasse de apenas R$ 6,5 milhões.
“Estou com meu secretário da saúde, Ismael Alexandrino e com meu colega médico, que também é cirurgião aqui no hospital da criança, nosso vice-governador Lincoln Tejota (PROS). Meu pedido foi que tivéssemos o mínimo de oportunidade, pois não é correto que eu chegue hoje, neste momento, assuma o governo e amanhã já feche as portas”, afirmou Caiado.
Na coletiva, Caiado afirmou que é inaceitável que se dê uma resposta simplista pelos problemas encontrados no HMI. “Eu estou tratando de vidas, então isso aqui é preferência, em qualquer outro gasto de governo”, explica.
O secretário de saúde, Ismael Alexandrino, que acompanhou a visita no Materno Infantil, classificou a situação como excepcional e que da maneira como ela se apresenta, exige medidas excepcionais. Ismael afirmou também que vai buscar durante a reunião desta tarde com a diretoria do hospital para ter um entendimento melhor e tomar as providências necessárias.
“Vamos buscar um entendimento um pouco melhor do que o Estado consegue garantir em relação aos compromissos emergenciais. Há uma dívida grande, que impacta tanto o suprimento do hospital quanto também o pagamento dos funcionários, então há dois grandes problemas, só que são problemas que movimentam o hospital. Buscaremos uma solução conjunta, uma construção em várias mãos, que certamente chegaremos a uma solução”, adiantou.
Após o Hospital Materno Infantil, o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) recebeu a visita do governador
O governador Ronaldo Caiado visitou também, na noite da última terça-feira, o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) e comentou sobre a situação da unidade. “Vamos buscar mais números e avaliação para termos noção do que teremos que enfrentar, mas sabemos que a demanda pela saúde atinge 47% da população do Estado, é o ponto mais crítico. Precisamos que o Hugo tenha uma capacidade de fazer giro maior, mais atendimentos e números de cirurgias maiores nesse hospital de alto custo”, concluiu.