O Ministério público do Estado de Goiás (MPGO) protocolou na tarde desta sexta-feira (28/12) a primeira denuncia contra o médium João Teixeira, o João de Deus por violação sexual e estupro de vulnerável, na cidade de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.
O médium foi denunciado por mais de 500 mulheres por abuso sexual, durante os atendimentos na casa Dom Antônio de Loyola, em Abadiânia. As investigações sobre os abusos começaram após uma reportagem exibida no programa Conversa com Bial, da TV Rede Globo, no último dia 7 de dezembro de 2018.
A partir da matéria exibida foram criadas duas forças-tarefas, uma pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) que tem nove inquéritos contra o médium, e outra pelo MPGO que fez a primeira denúncia contra João de Deus na tarde de hoje.
Justiça converte prisão preventiva de João de Deus em domiciliar e bloqueia R$ 50 milhões das contas do médium
João de Deus está preso há 13 dias, pelas acusações de abuso sexual e posse ilegal de armas. Um dos pedidos de prisão preventiva do médium foi convertido em domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Vale lembrar que o pedido de prisão revertido em domiciliar é apenas em relação a posse ilegal de armas de fogo, encontradas em suas residências em Goiás. Neste caso, ele também deve pagar fiança de R$ 1 milhão. O religioso vai permanecer preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, pelas denuncias de abuso sexual registradas contra ele.
Além de continuar preso pelas denúncias de violação sexual, a justiça determinou o bloqueio de R$ 50 milhões de reais de suas contas. Esse dinheiro por sua vez vai ser usado para reparar os danos causados as possíveis vítimas feitas pelo médium, ele seja condenado pelos crimes de abuso sexual.
A força-tarefa do MPGO, que investiga o caso, deve se pronunciar ainda nesta sexta-feira sobre a primeira denuncia apresentada contra o médium.