Mesmo com a atual situação financeira do estado, com atrasos dos salários dos servidores públicos e a falta de repasse, por exemplo, a hospitais gerenciados por Organizações Sociais (OS), o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) pediu essa semana que os bens e verbas do Estado fossem bloqueados. O pedido foi analisado e negado na última quinta-feira (27/12) pelo juiz plantonista Aureliano Albuquerque Amorim, da 4ª Vara Cível de Goiânia.
Para proferir a decisão o juiz plantonista analisou várias matérias publicadas em diversos sites da capital, onde o atual governador José Eliton (PSDB) e o governador eleito, Ronaldo Caiado (DEM), falaram sobre o pagamento dos servidores estaduais. O pedido do bloqueio foi feito pelo promotor Fernando Krebs, mas segundo Aureliano, como o período é de final de ano, é necessário que a demanda seja em caráter de urgência, o que autor da proposta não teria formalizado em seu pedido.
Caiado diz que tenta evitar calote; Zé Eliton afirma que vai pagar os salários de dezembro dos servidores públicos
Durante essa semana, o democrata durante entrevista coletiva na última quarta-feira (26/12), quando apresentou os novos secretários de sua gestão, afirmou que vai tentar solucionar o suposto calote aplicado pelo o atual governador, Zé Eliton, na folha de pagamento do funcionalismo público do mês de dezembro. Caiado afirmou na coletiva que não há previsão de pagamento para os servidores do Estado do mês corrente e que a folha nem foi empenhada pela atual gestão.
A resposta do governo veio na última quinta-feira (27/12), ou seja, um dia após as declarações de Ronaldo Caiado. Em nota enviada à imprensa, Zé Eliton afirmou que vai pagar os salários dos funcionários do mês de dezembro. Conforme a nota publicada pelo governo estadual, Goiás apresenta um cenário bem diferente de outros estados brasileiros, pois em 2018 pagou 13 folhas salariais, incluindo o 13º salário dos servidores estaduais, de acordo com a legislação vigente.