Embora tenha estudado participar do leilão da Ceal, última distribuidora da Eletrobras a ser vendida, o Grupo Energisa decidiu não entrar na disputa porque o negócio “não atendeu as métricas de risco e retorno adequados à aquisição”. “Uma das razões são as contingências e endividamento elevados” da distribuidora alagoana, detalhou a Energisa, em nota à imprensa.
“No momento, a Energisa está focada na integração das duas distribuidoras adquiridas este ano da Eletrobras – Ceron e Eletroacre – com o objetivo de fazer dessas empresas mais um exemplo bem sucedido de transformação. Esse trabalho exigirá forte disciplina e foco, tendo em vista que as duas distribuidoras estão em situação financeira e operacional bastante crítica”, acrescenta a empresa.
Quem arrematou a Ceal no leilão na tarde desta sexta foi a Equatorial Energia, que já havia vencido o certame da Cepisa, distribuidora da Eletrobras no Piauí.
Única proponente do certame, a Equatorial ofertou um Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária e Outorga igual a zero. Com isso, a empresa não abriu mão de qualquer flexibilização em nível de perdas ou custos operacionais ofertados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nem ofereceu pagamento de outorga à União.