Um professor de matemática de uma escola pública do município de Goianésia, a 178 quilômetros de Goiânia, preso na última sexta-feira (21/12) pelo crime de estupro de vulnerável, pode ter feito outras vítimas, também alunas, de acordo com a delegada responsável pelo caso. O professor, de 30 anos, foi preso depois de ter levado para o motel um aluna de 13 anos.
O homem, que não teve a identidade revelada uma vez que a investigação corre em segredo de Justiça, foi preso depois de investigações originadas na denúncia feita pelo pai da vítima no dia 5/11, que descobriu o acontecido. De acordo com a delegada da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Goianésia (DEAM), Poliana Bergamo, a vítima relatou que o envolvimento com o professor iniciou via mensagens por meio do aplicativo Facebook.
Segundo a delegada, o professor perguntou para a menina se ela “tinha coragem de lhe enviar fotos íntimas”. Após isso, o acusado passou a assediar a adolescente, perguntando se ela teria coragem de “ficar com ele”. A menina ainda contou que aceitou “ficar” com o professor, tendo ele a levado a um motel da cidade.
No inquérito policial foram ouvidas testemunhas, que relataram que o professor mantinha uma conduta incompatível com o cargo, uma vez que se aproveita dele para aliciar e assediar as alunas começando com “brincadeiras” de cunho sexual em sala de aula e, em seguida, oferecendo notas as alunas que se relacionarem amorosamente com ele.
Delegada conta que professor de Goianésia pode ter feito outras vítimas; caso está sendo investigado
A Dra. Poliana Bergamo conta ainda que o professor pode ter feito outras vítimas se utilizando dos mesmos artifícios de assédio. Essas vítimas também seriam alunos do professor.
“Os depoimentos colhidos indicam a existência de outras vítimas. As investigações continuarão. Neste caso específico, o acusado foi preso temporariamente pelo crime previsto no Art. 217-A, estupro de vulnerável, que prevê uma pena de 08 a 15 anos”, informa a delegada Poliana Bergamo.
O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, não importando um eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente praticante.