Os presos do presídio de Goiatuba, a 178 quilômetros de Goiânia, fizeram uma rebelião na madrugada desta segunda-feira (24/12) após não conseguirem receber drogas e celulares jogados por um outro homem do lado de fora da unidade prisional. Os presos chegaram a incendiar os colchões e só os agentes prisionais não foram suficientes para conter o motim.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) por meio de nota confirmou o caso ao Portal Dia Online. A nota divulgada, conta que um homem identificado como Fernando Araújo foi visto pelos agentes da unidade prisional do lado de fora da unidade, jogando drogas e celulares para os presos.
Os presos então se rebelaram, quebraram os cadeados da cela e tentaram invadir as celas da Ala do Seguro, segundo a DGAP. Conforme a nota divulgada pela DGAP, os presos colocaram fogo no colchões, sendo necessária a presença do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) para controlar as chamas.
Rebelião só foi contida com a chegada do reforço policial
Para conter os presos, os agentes da unidade prisional fizeram disparos de armas não letais, mas que foram insuficientes para conter o motim. A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e o Grupo de Intervenção Tática (GIT) da Regional de Caldas Novas foram chamados para controlar a rebelião e levar os presos para o pátio do banho de sol.
Durante a ação, a DGAP afirmou que quatro detentos atingidos pelas munições não letais foram levados para a unidade de saúde para receber atendimento, mas já retornaram a unidade. Após a rebelião, a diretoria afirma na nota que foi determinada a transferência imediata de 15 detentos, que foram identificados como líderes do motim. A DGAP abriu sindicância para apurar o que levou a rebelião dos presos da unidade.
Confira a nota da DGAP
“A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informa que na madrugada desta segunda-feira (24/12), os presos da Unidade Prisional de Goiatuba se amotinaram.
Por volta das 2 horas, após Fernando Araújo ser flagrado pelos agentes de plantão tentando arremessar drogas e celulares para dentro do presídio, os presos se rebelaram, quebraram os cadeados e tentaram invadir as celas da Ala do Seguro. Houve queima de colchões.
A intervenção dos agentes com disparos com munição menos que letal não foi suficiente para conter os presos.
Foi solicitado o apoio da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil até a chegada do Grupo de Intervenção Tática (GIT) da Regional Caldas Novas, que conseguiu dominar e levar os presos para o pátio do banho de sol.
Quatro detentos atingidos por munições menos que letal foram encaminhados para a unidade de saúde para atendimento e já retornaram para a unidade prisional.
A DGAP determinou a imediata transferência de 15 presos, identificados pelos serviços de inteligência como as lideranças negativas que causaram o tumulto.
Foi determinada também abertura de sindicância para apuração dos fatos.
Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP)”