No momento em que luta sanar as suas dívidas, o Botafogo sofreu uma dura derrota na Justiça nesta quarta-feira. A juíza substituta da 14ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) determinou a penhora de R$ 6,4 milhões oriundos da venda do volante Matheus Fernandes ao Palmeiras.
O valor foi penhorado como resultado de uma ação trabalhista movida pelo técnico Oswaldo de Oliveira, que comandou o time botafoguense por dois anos, entre o fim de 2011 e dezembro de 2013. Oficializado justamente nesta quarta-feira como novo reforço palmeirense, o jogador de 20 anos renderia um total de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 15,5 milhões) ao clube carioca, que ainda ficará com 25% dos direitos econômicos do atleta.
A direção do Botafogo, porém, já confirmou que vai recorrer da decisão judicial por alegar que este despacho da juíza substituta contraria a determinação anterior do juiz titular da 14ª Vara do TRT-RJ, que havia indeferido o pedido de penhora feito pelos advogados do treinador, que hoje comanda o Urawa Red Diamonds, do Japão.
O Botafogo esperava usar o alto valor que lucraria com a venda de Matheus Fernandes para pagar salários atrasados de novembro e dezembro do elenco, assim como as férias dos jogadores. Agora, porém, luta para tentar reverter a decisão judicial para poder utilizar estes R$ 6,4 milhões penhorados pela Justiça.
A direção alvinegra e o departamento jurídico do clube, por sua vez, acreditam que o valor que foi pedido por Oswaldo de Oliveira, assim como creem que será possível entrar em um acordo trabalhista na Justiça com o treinador, uma vez que ainda não foram realizadas audiências entre as partes neste caso.