A estado de Goiás tem em abundância algo que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), indicou estar bem interessado em explorar. No último domingo (16/12), Bolsonaro anunciou que está analisando o potencial de exploração de reservas de cálcio no país. Goiás é um dos estados que contam com as maiores reservas de calcário, rocha fonte do cálcio, do Brasil. Além de Goiás, se destacam também Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
O anúncio foi feito pelo Twitter. Na publicação, o presidente eleito diz que está analisando o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no país junto com os futuros ministros de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e da Agricultura, Tereza Cristina. Ele ainda declara que “hoje, mesmo com as maiores reservas, dependemos [os brasileiros] de matéria-prima importada para produzir fertilizantes”.
Interesse de Bolsonaro em Goiás tem relação à abundância de calcário no estado
Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) apontam que as reservas lavráveis de calcário no Brasil estão relativamente bem distribuídas pelos estados e, como em muitos países, representam centenas de anos de produção nos níveis atuais.
Juntos, os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná detêm quase 60% das reservas medidas de calcário do país, o que pode significar um investimento da exploração do mineral extraído dele, o cálcio, por parte do governo federal.
Quanto ao potássio, por causa da pequena produção interna, o Brasil importa cerca de 90% do potássio, principalmente do Canadá, da Rússia, da Alemanha, e de Israel.
Já o magnésio pode ser obtido, principalmente, por meio da exploração da dolomita, magnesita e dos sulfatos. Segundo a ANM, o Brasil tem extensos depósitos de magnesita na Bahia e também conta com reservas no Ceará.
Na última terça-feira (11/12), ao ser perguntado sobre as ações da pasta para 2019, o almirante Bento Albuquerque declarou que os desafios são “enormes”. De acordo com o futuro ministro de Minas e e Energia, “não só no setor elétrico, mas também na questão de óleo e gás, da mineração tem a cessão onerosa”, e deverá haver uma discussão quanto ao contrato de Itaipu. E na questão de energia elétrica, o almirante disse que o objetivo é “fornecer energia mais barata para o consumidor e para aquele que está investindo no país, que vai começar a crescer”, finaliza.