O jornal O Globo trouxe neste sábado (15/12) que o médium, João de Deus, retirou de sua contas bancárias R$ 35 milhões de reais, após as primeira denúncias de abuso sexual contra ele. A publicação da matéria, traz que a movimentação financeira aconteceu na última quarta-feira (12/12) quando foi a última vez que o médium foi visto na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal e a primeira aparição dele, após as denúncias.
Segundo a matéria, os investigadores do caso, aceleraram o processo do pedido de prisão preventiva do médium. Pedido este que foi protocolado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) no mesmo dia da movimentação financeira.
O pedido foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e aceito na tarde da última sexta-feira (14/12). Embora a polícia tente cumprir o mandado de prisão contra o líder espiritual, em nenhum dos endereços que a polícia tem em mãos o médium foi encontrado.
Ainda neste sábado (15/12) a defesa de João de Deus pediu junto ao TJGO o habeas corpus do médium, para que ele responda o processo em liberdade. Como não se entregou até o momento, o líder espiritual já é considerado foragido da justiça pelo MPGO, desta forma qualquer autoridade policial em Goiás, ou em outro Estado e fora do país pode dar cumprimento ao mandado de prisão contra João de Deus.
Caso João de Deus
Uma reportagem exibida na sexta-feira (7/12) no programa Conversa com Bial, da Rede Globo de Televisão, com 12 mulheres que denunciaram terem sido abusadas pelo médium durante os atendimentos na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).
A partir da reportagem foi criada uma rede de denúncias pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), com apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) e outras forças policiais para investigar as denúncias contra o médium. Além da força tarefa, um canal de comunicação e de denúncias foi criado pelo MPGO, para que outras vítimas do médium denunciassem os abusos. Através do canal, o MP recebeu mais de 300 denúncias contra João de Deus.
Com todas denúncias contra o Medium, na última quarta-feira (12/12) o MPGO pediu a prisão preventiva do médium, no entanto o pedido que foi enviado ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) foi acatado apenas na tarde da última sexta-feira (14/12).
Após ter aceito o pedido de prisão preventiva contra o médium, a polícia busca dar cumprimento ao mandado, mas o mesmo já foi procurado em mais de 20 endereços e até o momento não foi encontrado. Conforme as informações divulgadas até o momento, o MPGO já considera o médium foragido da justiça, e a partir de agora ele pode ser preso por qualquer autoridade policial em Goiás, fora de Goiás e até mesmo fora do Brasil.