Uma das mulheres que disse ter sido abusada sexualmente pelo médium João de Deus cometeu suicídio nesta quarta-feira (12/12), após saber que o líder espiritual foi trabalhar normalmente, na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. As informações foram obtidas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
De acordo com o jornal, a família da vítima nunca acreditou nas denúncias feitas por ela, pois, todos seriam muito devotos a João de Deus. Ainda de acordo com informações da Folha, Sabrina Bittencourt, ativista social ficou muito abalada ao saber da notícia, e precisou tomar medicamentos desde então. O advogado dela a orientou a não divulgar nenhum detalhe da morte.
O Ministério Púbico de Goiás (MP) montou na segunda-feira (10/12), uma força tarefa para investigar as denúncias de abuso sexual que teriam sido cometidas pelo por João de Deus. Em dois dias de denúncias foram registrados mais de 200 relatos das vítimas. Na manhã de quarta-feira (12/12), o médium esteve na Casa Dom Inácio de Loyola, por cerca de dez minutos.
Ao sair da casa, o médium fez um rápido pronunciamento: “Sou inocente e vou provar minha inocência”. Essa foi a primeira vez que o médium apareceu em público após as mulheres acusá-lo de abuso sexual. As denúncias afetaram o movimento da casa, onde são feitos os atendimentos.
Entenda as acusações contra o médium João de Deus
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) criou uma força-tarefa para conduzir as investigações das denúncias de violação sexual contra o médium João de Deus. O caso será acompanhado por quatro promotores e duas psicólogas. As investigações começaram a partir de uma reportagem exibida na última sexta-feira (07/11), no programa “Conversa com Bial”, da rede Globo.
Em Goiás, o MP tem registros de denúncia contra João de Deus desde 2010. Em 2012, o médium foi denunciado pelo MP por abuso sexual, mas o crime foi arquivado por falta de provas. Já em outro caso o médium foi absolvido.