Quatro dias após o histórico título da Libertadores, os jogadores do River Plate ainda comemoraram a vitória sobre o arquirrival Boca Juniors em Madri. O “problema” é que já na terça que vem a equipe estreia no Mundial de Clubes, nos Emirados Árabes Unidos. Por isso, a ordem é tentar esquecer a glória do último fim de semana para focar na nova competição.
“Custa para abaixar a empolgação após a final”, admitiu o meio-campista Nacho Fernández. “Estamos no Mundial de Clubes, um desafio muito lindo, um torneio muito importante. Nos custa para cair a ficha um pouco, é verdade, mas ficamos na história do clube”, completou o goleiro Armani.
Para Fernández, o River precisa transformar a empolgação pela conquista do título em motivação para a disputa do Mundial. “Chegamos muito bem para o Mundial de Clubes. Ganhar do Boca dá um plus para este tipo de jogos.”
Na semana que vem, o River estreia contra o anfitrião Al Ain ou o Espérance, da Tunísia. O favoritismo está todo do lado argentino, até pelo tamanho do clube, mas ninguém quer pensar em uma possível final com o Real Madrid. “Se pensarmos no Real Madrid, vamos cometer um equívoco e podemos pagar caro”, apontou Fernández.
Há dois anos, o Atlético Nacional também chegou com o favoritismo para encarar o Kashima Antlers, mas caiu nas semifinais e perdeu a chance de enfrentar o mesmo Real Madrid na decisão. Na ocasião, Armani defendia o gol colombiano. “Não podemos menosprezar ninguém, temos que manter a humildade e os pés no chão”, cravou o goleiro.
Se a vitória vier e o esperado confronto com o Real acontecer, Fernández considerou que o River tem todas as condições de ser campeão. “O Real é um grande, que pode ter partidas boas ou más. E caso cheguemos à final, sabemos que vai ser duríssima, mesmo que não estejam vivendo um bom momento.”