O deputado estadual Daniel Messac (PTB), preso desde a última sexta-feira (7/12), ganhou o direito de responder o processo em liberdade e deve deixar a prisão até esta quinta-feira (13/12). Ele passou por julgamento no início da tarde de hoje, na Corte Especial do Tribunal de Justiça de Goiás, em Goiânia.
De acordo com Gilles Gomes, advogado do parlamentar, ele deve ser liberado amanhã devido os trâmites legais. Ao Dia Online, o advogado afirmou que Daniel Messac estava ansioso pela saída, pois “quem não deve, não precisa se preocupar”. Por volta das 16h45 de hoje, a defesa seguia para o Núcleo de Custódia para dar a notícia da soltura ao deputado.
Prisão de Daniel Messac
Daniel Messac (PTB) foi preso durante desdobramento da Operação Embaraço. Ele é investigado por ter coagido testemunha da Operação Poltergeist, deflagrada em 2014 para apurar contratação de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Segundo as investigações , ele é apontado como chefe do esquema. Além dele, outras 36 pessoas foram denunciadas.
Em depoimento ao Ministério Público de Goiás, prestado na última segunda-feira (10/12), o parlamentar negou a acusação. Por meio de nota, divulgada na sexta-feira, a defesa do deputado disse que a prisão era abusiva e ainda lamentou “profundamente que o Ministério Público tenha se utilizado de documentos inconsistentes, que se não forem explicados a contento pelo órgão de acusação, caracteriza fraude. Motivo que levou o Poder Judiciário a erro.”
Deputados pedem soltura de Daniel Messac
Na tarde de ontem (11/12), durante Comissão Mista na Assembleia Legislativa de Goiânia (Alego), parlamentares criaram uma comissão para pedir a soltura do Daniel Messac. Os deputados escolhidos Hélio de Sousa (PSDB), Jean Carlo (PSDB), Luiz Cesar Bueno (PT) e Cláudio Meirelles (PTC) pediam para que José Vitti, presidente da Casa, entrasse em contato com o Tribunal de Justiça para pedir a revogação da prisão do parlamentar, considerada inconstitucional.
Eles defendem que a prisão é ilegal, uma vez que ele tem foro privilegiado e que nenhum deputado quando é eleito e diplomado pode ser preso, exceto em flagrante. Até ontem (11/12), Daniel Messac estava detido no pronto-socorro do Núcleo de Custódia, pois o local não dispunha de cela especial, para quem possui ensino superior, vazia.