O ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, e Júlio Vaz, presidente da Codego, foram liberados da sede da Polícia Federal (PF) em Goiânia na madrugada desta terça-feira (11/12), após cinco dias de prisão. Jayme e Júlio tiveram prisão temporária decretada na última quinta-feira (6/12), na Operação Confraria, um desdobramento da Operação Cash Delivery que apura a suspeita de repasses indevidos a agentes públicos por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). A informação é da CBN Goiânia.
Além deles, foram liberados também o casal Márcio Gomes Borges, gerente-geral de Distritos da Codego, e Meire Cristina Rodrigues Borges, servidora comissionada da Secretaria Extraordinária de Articulação Política. Todos estavam presos na Operação Confraria. Eles foram liberados por volta de meia-noite de hoje, após a Justiça aceitar os pedidos de Habeas Corpus feitos pelos seus advogados.
O grupo é suspeito de participar de esquemas de desvio de verbas do governo de Goiás e as investigações apontam incompatibilidade da vida luxuosa levada por Márcio Gomes e Meire Cristina com a renda comprovada por eles.
Operação Confraria e Cash Delivery
A Operação Confraria, desdobramento da Cash Delivery, envolveu, ao todo, 50 policiais federais que cumpriram 10 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão temporária, além de sequestros de imóveis, nas cidades de Goiânia, Caldas Novas, Aruanã, Brasília/DF e Búzios/RJ, todos expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia.
Já a Operação Cash Delivery foi desencadeada a partir de investigação depois de delação de executivos da Odebrecht, que alcança empresários, agentes públicos e doleiros pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Aruanã, Campinas e São Paulo. O ex-presidente da Agetop, Jayme Rincón, e o ex-governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, chegaram a ser presos preventivamente, obtendo um Habeas Corpus logo depois.
Durante a ação, foram apreendidos R$ 940.260 na casa de Márcio Garcia de Moura, policial militar e motorista de Jayme Rincón. Outros R$ 79 mil foram apreendidos na casa de Jayme, além de 2,4 mil euros, 80 libras esterlinas, 101 dólares e 15 pesos argentinos.