Durante Comissão Mista na tarde desta terça-feira (11/12), na Assembleia Legislativa de Goiânia (Alego), parlamentares criaram uma comissão para pedir a soltura do Daniel Messac (PTB), deputado estadual preso desde a última sexta-feira (7/2), durante desdobramento da Operação Embaraço. Os deputados escolhidos Hélio de Sousa (PSDB), Jean Carlo (PSDB), Luiz Cesar Bueno (PT) e Cláudio Meirelles (PTC) se propuseram a apresentar, ainda hoje, o pedido ao presidente da Casa, José Vitti.
Os representantes da Comissão querem que José Vitti entre em contato com o Tribunal de Justiça e peça para que a prisão do deputado, considerada inconstitucional, seja revista. Eles defendem que a prisão de Daniel Messac é ilegal, uma vez que ele tem foro privilegiado e que nenhum deputado quando é eleito e diplomado pode ser preso, exceto em flagrante. Eles esclarecem que não estão declarando o deputado como inocente ou culpado.
Segundo a defesa, Daniel Messac (PTB) está detido no pronto-socorro do Núcleo de Custódia, já que o local não dispõe de cela especial, para quem possui ensino superior, vazia. Ele está junto com outros três advogados presos. O deputado estadual passará por audiência nesta quarta-feira (12/12).
Daniel Messac nega coação de testemunha
Daniel Messac (PTB) prestou depoimento na tarde de ontem (10/12), ao Ministério Público de Goiás (MPGO), e negou ter coagido testemunha da Operação Poltergeist, deflagrada em 2014 para apurar contratação de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).
O deputado estadual foi preso na tarde da última sexta-feira (7/12), em Goiânia, no desdobramento da Operação Embaraço, que investiga a coação de testemunhas da Operação Poltergeist. Nas investigações, Daniel Messac foi apontado como líder do esquema na contratação de funcionários fantasmas para Alego. Além do deputado, outras 36 pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema.
Por meio de nota, divulgada no dia da prisão, a defesa do deputado estadual Daniel Messac (PTB) diz que considera a prisão abusiva e “lamenta profundamente que o Ministério Público tenha se utilizado de documentos inconsistentes, que se não forem explicados a contento pelo órgão de acusação, caracteriza fraude. Motivo que levou o Poder Judiciário a erro.”