Brie Larson viveu um fim de semana agitado em São Paulo. No sábado, 8, foi talvez a principal atração internacional da CCXP 18 – Comic Con Experience, que também abrigou o painel sobre Vidro, com o diretor M. Night Shyamalan (abaixo). No sábado, Brie agitou a galera ao exibir cenas de (e falar sobre) a Capitã Marvel. É preciso ter estado lá para saber o que foi a loucura. Milhares de pessoas na gigantesca sala da Cinemark, montada no complexo de feira da Imigrantes, fazendo um barulho tão grande que Brie não resistiu. Sacou do celular e disparou selfies para todo o mundo – “You’re amazing, Vocês são demais!”No domingo, num hotel dos Jardins, passou a manhã e parte da tarde dando entrevistas. Ainda bem que houve a sexta-feira.
“Alô, São Paulo. Quero dizer amei a cidade. Aqui se come muito bem e eu adorei o museu de arte de vocês (o Masp).”Brie veio prestigiar a Comic Con brasileira trazida pela Marvel Studios. O mesmo painel contou com a participação de Sebastian Stan, o Soldado Invernal, trazido diretamente pela organização do evento. No palco, ambos interagiram com a apresentadora Aline Diniz – a melhor que já houve na CCXP. Inteligente, raciocínio rápido, Aline teve boas sacadas com a dupla. E sabe comandar a multidão – “Agora vocês vão fazer barulho, muito barulho.”E o público, na mão dela, fazia.
Vencedora do Oscar por O Quarto de Jack, Brie Larson deve sua fama ao papel da mulher sequestrada e abusada no quarto do título, onde dava à luz o filho (Jack) do seu sequestrador. Nessa era de empoderamento feminino, Brie veste agora o uniforme da super-heroína Capitã Marvel, a mulher mais poderosa do universo Marvel. “Sou eu!”, brincou. Vida de super-heroína não é fácil. Em primeiro lugar, entre o convite e a confirmação (“Ive got it, Consegui!”) não se passou muito tempo, mas ela teve de passar um ano inteiro mantendo o segredo, à espera de que a Marvel fizesse o anúncio oficial. Treinou durante nove meses. “Levantei 100 kg de peso, depois 200, e empurrei sozinha o jipe do meu treinador.”
É mole? Mesmo assim, ela acha que o preparo não foi somente físico. “Como personagem, ela tem uma curva dramática, psicologia. Não foi diferente das outras personagens que fiz. A diferença é que ela é forte. Saí desse filme com mais consciência do meu corpo, da minha força física e mental. Ela (Capitã Marvel) realmente mudou minha vida.”E sobre o motivo de ter feito (o filme)? “Fiz por vocês.”O público – “As mulheres.”Agora foram elas, a plateia feminina, que fez barulho. Carol Danvers ou Capitã Marvel é uma personagem fictícia de HQs publicado pela Marvel Comics. Criada pelo roteirista Roy Thomas e pelo desenhista Gene Colan, apareceu pela primeira vez em Marvel Super-Heroes 13, de março de 1968, como um membro da Força Aérea dos Estados Unidos. Foi a primeira Miss Marvel no Ms. Marvel 1 (janeiro de 1977), depois de adquirir superpoderes, devido à exposição à tecnologia da raça alienígena Kree em Captain Marvel 18 (novembro de 1969).
Vamos dizer bem baixinho, para que ninguém nos ouça – o conteúdo é embargado (em termos). Nas cenas exibidas, Carol/Capitã Marvel mete porrada nos alienígenas skruls. E tem um… guardião? Jude Law – “Ele é o meu mentor no filme. Temos uma relação de amor muito especial”. Vestir o uniforme pela primeira vez foi emocionante. O capacete não se assemelha ao de nenhum outro super-herói. “Claro, é só meu. Muito cool.”Mas não pense, por isso, que tudo era só festa. A roupa, muito apertada, também era muito quente.
“Transpirava tanto que ficava meio fedida no fim do dia.”Mas o maior pesadelo de Brie, quando vestia o uniforme, era ir ao banheiro. “Tinha de ter sempre duas pessoas comigo, para me ajudar a tirar e recolocar o uniforme. Foi muito complicado.”Por isso mesmo ela disse que experimentou uma sensação de liberdade, após as filmagens. O que é a melhor coisa para Brie? “Ir ao banheiro sozinha!”Realizado por uma dupla – Anna Boden, Ryan Fleck -, Capitã Marvel estreia em 7 de março nos cinemas brasileiros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.