Na moda de hoje continuam valendo as máximas escapistas, mas também conta muito levantar bandeiras socioambientais. A vanguarda criativa está na batalha contra a crueldade com animais, a favor do meio ambiente, pela igualdade de gêneros e pela inclusão racial.
Não por acaso, pouco antes do desfile de Métiers dArt da Chanel, Bruno Pavlovsky, CEO de moda da marca, anunciou que a empresa não usará mais peles e couros exóticos em suas criações, prática já adotada por outras grife de luxo como Gucci e Armani. “Decidimos tomar essa atitude porque é algo que está no ar”, diz Pavlovsky. “Mas não foi uma coisa imposta. Foi uma escolha livre.”
Conclusão: todos os efeitos de couro de jacaré e de píton, exibidos nessa última coleção em Nova York, são feitos com a técnica do Trompe-l’oeil, a partir de couro bovino estampado.
Não por acaso também dezenas de modelos negras fizeram parte do casting. E na festa organizada logo após ao desfile, em uma tenda no meio do Central Park, o show foi da nova popstar Kelela, nova sensação entre gente jovem de Manhattan.
O ponto alto da balada, porém, veio na sequência, com o revival das batalhas de dança intituladas Vogue, que nasceram como forma de resistência em clubes gays de Nova York. Os movimentos precisos e a estética provocadora, com as poses e o carão fashionista, realmente, causaram frisson. Lá fora estava um gelo, – 2 ºC, mas o calor humano e o jogo de cena erótico dos bailarinos incendiou a pista. NYC ferveu!
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.